Introdução
Esse texto nos revela a ressurreição
de Jesus. A ressurreição de Jesus é uma declaração do SENHOR que o sacrifício
de Cristo foi aceito por Ele. O salário do pecado é a morte e na ressurreição a
morte é condenada. Ele ressuscitou para nossa justificação.
Há alguns fatos importantes para nós
cristãos sobre a ressurreição que não podem deixar de ser mencionados:
1. O texto do evangelho revela provas
históricas da ressureição de Jesus; ele aparece após
ressuscitado a Maria Madalena (v. 9-11), aparece a dois de seus discípulos
(v.12-13) e aprece ao grupo dos onze (v. 14-18). E por fim ele ascendeu ao céu
a vista de uma numerosa multidão (v. 19-20).
2. Se não houvesse a ressurreição o
cristianismo seria sem sentido, conforme 1 Co 15. A
pregação não teria sentido, a fé seria algo inútil, os cristãos seriam
mentirosos (v.15), não teríamos de fato o perdão dos nossos pecados (v.17),
todos que morreram em Cristo estariam perdidos (v.18), e poderíamos ser
reputados por infelizes e dignos de pena (v.19).
Se Jesus não houvesse ressuscitado o
sistema de ética do cristianismo não seria suficiente para atrair as pessoas,
porque Jesus teria sido um fracasso, e seus seguidores seriam tolos. Porque
Cristo ressuscitou estamos aqui hoje. Este maravilhoso tema era o princípio de
pregação na igreja primitiva: At 2:24, 32; 4:2 ; 13:30, 33-34, 37; 17:18, 31 ;
24:15 ; Rm 1:4; 6:4; 8:11; I Co 15; Ef 1:20; I Ts 4:14... Por isso vale muito a
pena refletirmos sobre este maravilhoso assunto.
Nosso texto nos mostra as mais
corajosas discípulas de Jesus visitando o local de seu sepultamento, reflitamos,
pois, nesses versículos.
I – O AMOR RADICAL DAS TRÊS MULHERES (VS.1-3).
As mulheres mencionadas aqui são
Maria, a esposa de Cleopas e mãe de Tiago, Salomé e Maria Madalena, que recebeu
esse nome por ser da cidade de Magdala, de quem diz o texto no v. 9 Jesus
expulsara sete demônios. O pensamento popular atribuiu a esta Maria a ideia de
que ela houvera sido prostituta, no entanto, não há texto bíblico que
fundamente essa ideia.
O texto nos diz que ainda muito
cedo, naquela manhã de domingo, aquelas mulheres se dirigiram ao túmulo onde
fora colocado o corpo e Jesus. Os discípulos não foram ao túmulo, mas elas
tiveram essa atitude. Notemos que estavam vivendo a maior das dificuldades,
havia motivo para se enclausurarem em tristeza, principalmente porque não estavam
atentando para as palavras de Jesus a respeito de sua ressurreição. A ida delas
ao túmulo demonstra o aspecto da falta de fé e compreensão da ressurreição
profetizada e demonstra também sua coragem e determinação de cumprir algo que
consideravam importante, prestar sua última homenagem a Jesus, embalsamar o seu
corpo. Enfatizemos então esse segundo aspecto de sua atitude. Ressaltemos que
estavam determinadas a uma missão difícil, visitar o túmulo de alguém que foi
executado como malfeitor, alguém que a sua nação havia desprezado, era preciso
coragem para fazer aquilo. Mas elas estavam ali juntas, não para criticarem e
ficarem contaminando de modo negativo umas às outras com palavras de desânimo.
Embora sabendo que fora posta uma grande pedra no túmulo, elas tiveram essa
atitude radical de ir até o local do sepultamento.
Elas estavam demonstrando o seu amor
por Jesus. Elas amavam muito a Jesus, pois entendiam o muito que ele havia lhes
perdoado. E o amor é sempre demonstrado pelas ações. Seus corações estavam
transbordantes de gratidão pelo o que receberam do seu Senhor; pela esperança,
pela luz, pelo consolo, pela paz.
E quanto a nós hoje? Temos demonstrado de forma radical nosso amor ao
Senhor? Se isto não acontece é porque há uma debilidade na fé, há um baixo
senso de obrigação para com Cristo, há um fraco senso de pecado que sempre
produz um baixo senso de valor da salvação. A Palavra nos diz que a pessoa que
sabe o quanto lhe foi perdoado é que muito ama: “Aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama” (Lc 7.47).
Outra aplicação que podemos fazer
desses versículos para nós é a respeito das dificuldades que enfrentamos em nossa
vida com Cristo. Aquelas mulheres estavam dialogando sobre sua dificuldade:
quem removeria a pedra. Não há problema em fazermos questionamentos sobre as
dificuldades que porventura estejamos enfrentando, o problema é quando
permitimos que as dificuldades nos prendam, nos deixam extremamente limitados
quantos às possibilidades do que Deus pode fazer. O problema está com as
questões que são levantadas e que não são entregues ao Senhor, quando elas são
apenas ruminadas de modo murmurador, o que contamina a nossa fé.
Quem irá tirar as pedras de nossas
vidas? Aquele domingo de Pascoa traz a resposta. O Senhor Jesus está vivo e
muito presente em todos os momentos e situações de nossa vida
II – A VITÓRIA RADICAL DE JESUS (VS.4-6;
1 Co 15.14-23).
Que maravilhosa surpresa tiveram
aquelas mulheres ao entrarem no túmulo e encontrarem-no vazio. Havia apenas
dois anjos (Lc 24.4), Marcos focaliza no anjo que transmite o recado, por isso
fala apenas de um. E a mensagem que ele lhes transmite é a Boa Nova de Cristo.
Jesus de Nazaré (aquele que foi desprezado) venceu o mais implacável de todos
os inimigos – a morte.
A ressurreição de
Cristo é tão central para o cristianismo que, como argumenta o apóstolo Paulo
contra aqueles que já em sua época não acreditavam na ressurreição, se Cristo
não houvera ressuscitado seria vã a nossa pregação e vã a nossa fé. A
ressurreição valida a nossa fé. Podemos crer no anúncio do evangelho porque
Jesus ressuscitou. Podemos nos dedicar à Palavra e crer nela por Ele
ressuscitou. E porque ele ressuscitou temos o dever de anunciá-lo, de prega-lo.
Mas talvez você argumente, pregar é para os pastores e missionários. Talvez
tente arranjar desculpas como Jeremias “eu
não passo de uma criança” (Jr 1:7), ou como Moisés “não sou eloquente” (Ex 4:10). O Senhor repreendeu a ambos e nesta noite
te repreende se você não anuncia de nenhuma forma o evangelho.
Porque Cristo
ressuscitou a nossa fé não é vã. Não é a fé ilusória, temporal, mal direcionada
que muitos exercem hoje. Não é a fé pela busca das coisas desta vida de forma
egoísta como muito é apregoado em nossos dias. É a fé sim que nos leva remover
montanhas, mas é a fé que nos faz ser transformados de glória em glória como
pelo Espirito Santo. É a fé de relacionamento com Deus e da certeza que nos
transmite Hb 11.6: “Ora, sem fé é
impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de
Deus creia que Ele existe, e que é galardoador (recompensador) dos que O
buscam.”
Cristo venceu a própria morte, nele
há todo poder: Ele pode salvar, curar, libertar, abrir portas e fechá-las, Ele
está no controle de tudo. Se de fato cremos, naturalmente iremos buscar sua
face e o Seu poder, viveremos firmados não em nós mesmos, mas em seu poder.
A vitória radical de Jesus na
ressurreição se estende na garantia do perdão de nossos pecados (1 Co 15.17). A
oferta foi aceita pelo Pai, o perdão foi garantido a nós, miseráveis pecadores.
Se Jesus não houvesse ressuscitado ficaria comprovado que ele era apenas um ser
humano, virtuoso, mas sem condição de pagar a nossa dívida para com o Pai. Mas
ele ressuscitou para que tenhamos uma nova vida. Por isso que Romanos 6.4 é
bastante enfático: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também
andemos nós em novidade de vida”. Eis a forma como devemos viver.
Diante dessa realidade é até
assustador o tipo pervertido de cristianismo moderna que não visa transformar a
vida das pessoas. “Igrejas” que aceitam tudo como normal, que se conformam com
o pecado. Ora, isso não é evangelho, isso é lixo, é palha, é mentira, não é
vivência da Palavra de Deus. O verdadeiro evangelho nos leva ao
comprometimento. Cristo ressuscitou para que eu tenha vida com ele.
Além disto, a ressurreição de nosso
Senhor é a garantia da esperança que um dia também ressuscitaremos em corpo glorificado.
Nossa esperança não é só para esta vida (1 Co 15.18-23). “Se esperamos em Cristo só
nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” Devemos viver neste
mundo usufruindo das dádivas do Senhor que Ele nos concede em Sua graça, no
entanto, nada deste mundo deve aprisionar o nosso coração, nossa alegria e
propósito último de nossas vidas não devem depender delas, por mais excelentes
que venham a ser, tudo o que há neste mundo passa, mas o Senhor permanece para
sempre.
Ressuscitaremos
para ter um corpo semelhante ao de Cristo, neste corpo haverá toda ausência de
sofrimento, de dor, de cansaço, será um corpo glorioso. O v. 20 de 1 Co 15 diz que
Jesus é a “primícias”, ou seja, ele é o primeiro, inaugurou uma nova etapa da
vida que aguardamos ansiosamente.
ONDE ESTÁ A SUA ESPERANÇA? JESUS É A
ESPERANÇA DO CRENTE! Que sua esperança esteja nele!
Conclusão
Que a
ressurreição de Jesus traga para cada um de vocês o sentimento de paz, alegria,
ânimo e esperança.
Que as lutas
que enfrentamos, as pedras que porventura possam aparecer em nosso caminho,
jamais venham a ofuscar o brilho da ressurreição de Cristo. Que isso seja uma
realidade na sua vida! E Que seja extensivo para cada família e para a igreja
como um todo!
0 Comentários