53 E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e reuniram-se todos os principais sacerdotes, os anciãos e os escribas.
54 Pedro seguira-o de longe até ao interior do pátio do sumo sacerdote e estava assentado entre os serventuários, aquentando-se ao fogo.
55 E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho contra Jesus para o condenar à morte e não achavam.
56 Pois muitos testemunhavam falsamente contra Jesus, mas os depoimentos não eram coerentes.
57 E, levantando-se alguns, testificavam falsamente, dizendo:
58 Nós o ouvimos declarar: Eu destruirei este santuário edificado por mãos humanas e, em três dias, construirei outro, não por mãos humanas.
59 Nem assim o testemunho deles era coerente.
60 Levantando-se o sumo sacerdote, no meio, perguntou a Jesus: Nada respondes ao que estes depõem contra ti?
61 Ele, porém, guardou silêncio e nada respondeu. Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?
62 Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu.
63 Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: Que mais necessidade temos de testemunhas?
64 Ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o julgaram réu de morte.
65 Puseram-se alguns a cuspir nele, a cobrir-lhe o rosto, a dar-lhe murros e a dizer-lhe: Profetiza! E os guardas o tomaram a bofetadas.
Introdução
Alguns julgamentos marcaram a
história da humanidade. Alguns inspiraram e ainda inspiram as pessoas a
estudarem direito. Outros julgamentos, por outro lado, criaram ódio nas pessoas
para com o sistema jurídico!
Alguns julgamentos que marcaram o
mundo:
*Sócrates em 399 a.C.
*Martinho Lutero em 1521, quando ele
proferiu a tão famosa frase: “Não posso
nem quero retratar-me de coisa alguma, pois ir contra a consciência não é justo
nem seguro. Deus me ajude. Amém”!
*Galileo Galilei e a Inquisição por
causa do heliocentrismo no início do século XVII.
*Saddam Hussein e o seu enforcamento
em 2006.
Outros marcaram a nossa história:
Tiradentes, o impeachmente de Fernando Collor, o julgamento do soldado ‘Rambo’,
o massacre do Eldorado dos Carajás em 96 e tantos outros.
Mas nenhum julgamento foi tão
fascinante e tão importante para a história da humanidade como o de Jesus.
Nenhum julgamento foi tão injusto
como o de Jesus. Os depoimentos vieram por falsas testemunhas, houve uma total falta
de provas, sendo assim foi condenado injustamente.
Que essa cena do julgamento de Jesus
te leve a um ódio ainda maior para com os seus pecados, uma revolta ainda maior
para com as injustiças e um coração mais grato pelo que Jesus passou no seu
lugar!
Jesus foi condenado injustamente
para que nós pudéssemos ser justificados e libertos!
Elucidação
O Getsêmani chegou ao fim. O Jardim
das Aflições se tornou o Jardim da Conquista. Jesus vigiou, orou, venceu a
tentação e agora tem o cálice da ira de Deus em Suas mãos.
A partir de agora as aflições e os
sofrimentos (paixão) de Jesus começam a se intensificar até culminar com a
crucificação.
Nós começaremos a caminhar com o
nosso Salvador pelos tribunais perversos dos judeus e dos gentios até que Ele
seja crucificado.
Jesus passou, basicamente, por dois
julgamentos:
1°) Jesus foi julgado pelos judeus.
2°) Jesus foi julgado pelos romanos.
Por que foram necessário dois
julgamentos?
Os judeus haviam decidido que
queriam a morte de Jesus (Mc 14:1; Jo 11:53: “Desde aquele dia, resolveram mata-lo”).
Sob a autoridade do Império Romano os judeus não tinham o poder para matar
ninguém (Jo 18:31). Mas João nos diz que eles haviam tentado apedrejar Jesus
duas vezes (8:59;10:31) [o apedrejamento era muitas vezes considerado como
um linchamento ultra vires (ver R.T. France, TNIGTC on Mark pg
602)].
A morte que Deus havia planejado era
uma morte de cruz, pois a cruz cumpria Deuteronômio 21:23: “...porquanto o que for pendurado num
madeiro é maldito de Deus”. Jesus precisava levar toda a maldição de Deus
em Seu corpo na cruz e para ser crucificado era necessário que Ele fosse
julgado pelos romanos.
No perfeito plano de Deus tanto os
judeus como os romanos rejeitaram de forma injusta o Salvador.
Os julgamentos de Jesus podem ser
divididos assim:
JULGAMENTO RELIGIOSO
PERANTE ANÁS
|
Jo 18:12-14, 19-24
|
PERANTE CAIFÁS
|
Mt 26:57-68; Mc 14:53-65; Lc 22:54, 63-65
|
PERANTE O SINÉDRIO
|
Mt 27:1; Mc 15:1; Lc 22:66-71
|
JULGAMENTO CIVIL (PERANTE AUTORIDADES
ROMANAS)
PERANTE PILATOS
|
Mt 27:2, 11-14; Mc
15:1-5; Lc 23:1-5; Jo 18:28-38
|
PERANTE HERODES ANTIPAS
|
Lc 23:6-12
|
PERANTE PILATOS
|
Mt 27:15-26; Mc 15:6-15;
Lc 23:13-25; Jo 18:39-19:16
|
Em resumo, Jesus foi preso pelos
judeus e levado perante Anás (a liderança sacerdotal mais respeitada), depois é
levado perante Caifás (sumo-sacerdote em exercício), quando ele é oficialmente
condenado no julgamento religioso, então é lavado a Pilatos que o envia a
Herodes por motivos políticos, este o envia de volta a Pilatos e finalmente a
condenação na jurisdição romana.
I - O PRIMEIRO JULGAMENTO (JOÃO
18:12-13, 19-24).
Esses versículos mostram Jesus
diante de Anás. Este sumo-sacerdote havia sido deposto pelas autoridades
romanas, mas como o cargo de sacerdote era vitalício os judeus continuavam a
prestar a ele a honra referida ao cargo. Anás era sogro de Caifás, o sumo-sacerdote
em exercício. Ao que parece eles moravam próximos ou na mesma residência e
aqueles que prenderam Jesus quiseram prestar sua homenagem a Anás levando Jesus
primeiramente a ele.
É interessante aqui observarmos o
conteúdo do interrogatório e a resposta de Jesus. Diz o texto que o sumo
sacerdote interrogou a Jesus sobre sua doutrina e sobre seus discípulos. A
resposta de Jesus além de ser protetora a respeito dos seus discípulos, pois não
fala deles, também clareia o ridículo daquela situação. Jesus deixa claro que
nunca fez nada em oculto, que sua doutrina nunca foi proclamada às escondidas,
era na sinagoga e no templo onde poderia ser encontrado sem dificuldade.
Desde já começa a violência física
contra Jesus, um dos guardas o esbofeteia (v.22). E ainda lhe pergunta: “É assim que falas ao sumo sacerdote”?
Isso tudo faz parte de seu sofrimento vicário. Jesus, o criador da Terra e
céus, o senhor dos senhores, o rei dos reis, em quem toda a divindade se encontra
revelada sendo então humilhado no meio de pecadores.
Mas no v. 23 a expressão de Jesus é
de desafio. Ele desafia os seus algozes a provarem que ele errou em sua forma
de falar.
A seguir Jesus é enviado a Caifás.
II – O SEGUNDO JULGAMENTO (MC 14:53-65).
Agora sim se dá oficialmente o que
poderíamos chamar do julgamento religioso. Arrastram Jesus como um troféu, imaginando
que estavam levando um inimigo público derrotado. No entanto, estavam levando o
Rei ao lugar da coroação, estavam levando o sacrifício a Deus para o lugar onde
deveria estar. Podemos até aqui lembrar de Lv 17.5 que diz que os sacrifícios
deveriam ser levados ao sacerdote para ser oferecido ao Senhor. E o “TODOS” do
versículo 53 representa a liderança espiritual do povo de Israel, aqueles que
mais conheciam as Escrituras, mas que recusam o Messias profetizado, e sem
saber em sua maldade contribuem para o plano redentor do Senhor. Mas percebemos
quão longe eles estavam do verdadeiro conhecimento da Palavra do Senhor e
portanto, quão longe estavam do Senhor.
Estavam ali no palácio de Caifás, um
local de deveria ser de justiça e de verdade, mas que foi palco do julgamento
mais injusto da história. Era na verdade um local de iniquidade. Um covil de
predadores.
Nos versículos 56 a 59 percebemos o
esforço daqueles homens perversos para encontrar algo de concreto com o que
poderiam condenar Jesus. Mas os depoimentos eram incoerentes. Pagaram a falsas
testemunhas para acusa-lo de ter falado contra o Templo, mesmo assim a
argumentação era frágil. Vejo a santidade de Cristo estampada nesses versos:
pessoas malignas fazendo o máximo para lembrar de algo de errado que porventura
ele possa ter praticado, no entanto que frustração a deles, pois estava diante
daquele que é SANTO. Então Jesus foi alvo de suas calúnias. Todo esse
sofrimento por você e por mim.
Irmãos, fica a nós a reflexão de que
nosso Senhor sofreu falsas acusações, nós somos seus servos, e como tais não
podemos esperar que o mundo nos trate melhor do que tratou a ele. Jesus mesmo
nos adverte: “Ai de vós quando todos vos
louvarem” (Lc 6.26); e: “Bem
aventurado sois, quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e,
mentindo, disserem todo contra vós” (Mt 5.11). Desse modo, os verdadeiros
discípulos de Cristo terão razão de alegria se forem caluniados estando em
fidelidade ao evangelho. Faz parte da cruz que nos compete carregar. Certamente
que a mentira, as calúnias são armas preferidas de Satanás, mas o inimigo é
envergonhado quando nossa vida é tal que não encontram algo do que nos acusar
em verdade.
Se você em algum momento for
falsamente acusado de algo, siga o exemplo de Jesus.
III – A REAÇÃO SILENCIOSA DA JESUS
(V.60-61).
Percebemos nestes versículos o
incômodo de Caifás. Ele sabia que aquele julgamento era uma piada: testemunhas
falsas, não havia provas concretas, e o silêncio de Jesus o deixava com certeza
muito incomodado. Mas evidentemente que a acusação era muito séria. Jesus estava
sendo acusado de proferir palavras contra o lugar mais sagrado da religião
judaica, o Templo. Mas o texto nos diz que Jesus até então permaneceu em silêncio.
E podemos imaginar a cena: aquele não foi um silêncio de medo, nem de
consentimento. Não foi um silêncio de alguém incapaz de argumentar. Mas um
silêncio de julgamento, um silêncio profético!
Em seu silêncio estava demonstrada a
certeza do controle soberano de Deus em todos aqueles eventos. Muitas vezes
dizemos crer na soberania do Senhor, mas nos comportamos de forma inconsistente
com nossa profissão de fé.
A sabedoria de Jesus também estava
manifesta aqui. O silêncio d’Ele não é demonstração de ignorância, mas de
sabedoria. É como nos diz Provérbios 23.9:
“Não fales aos ouvidos do insensato, porque desprezará a sabedoria das tuas
palavras”.
Aquele silêncio pode ser visto como
julgamento do Senhor, pois no Antigo Testamento em alguns textos o silêncio de
Deus era uma notoriedade do seu desagrado e julgamento (Mq 3.4; Sl 83.1; Is
64.12).
Finalmente, era necessário Jesus não
protestar, se manter calado para o cumprimento das Escrituras: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a
boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os
seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.7).
Jesus em silêncio é o seu ato de
submissão à vontade do Pai. E desse modo ele nos dá o exemplo!
I Pe 2:20-23: “Pois que vantagem há em suportar açoites recebidos por terem
cometido o mal? Mas se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso
é louvável diante de Deus. 21 Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo
sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos.
22 "Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua
boca". 23 Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia
ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça”.
Assim sendo, não esteja tão pronto a
revidar, a se defender. Não perca o sono, não somatize doenças em seu corpo por
causa de falsa acusações, siga o exemplo de Jesus, se entregue àquele que julga
retamente.
Quando Jesus fala, responde a pergunta que
ele escolhe responder. “És o Cristo, o
Filho do Deus bendito?” (v. 61).
IV – A MAGNÍFICA
RESPOSTA DE JESUS (V. 62).
“Eu sou, e vereis o
Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso vindo com as nuvens do
céu".
A resposta de Jesus é tão
surpreendente a eles, tão enfática e tão séria que só podem optar por poucas
opções: ou Jesus é um mentiroso, ou tem sérios problemas mentais ou é divino.
Diante dessas palavras de Jesus não
dá simplesmente para pensar nele como alguns querem, como um grande mestre de
ética da humanidade ou um grande líder religioso.
A resposta de Jesus se divide em
duas partes:
1° - A CONFIRMAÇÃO E O FIM DO SEGREDO!
Jesus respondeu: "EU SOU"
(Gk. ὁ δὲ Ἰησοῦς εἶπεν ἐγώ εἰμι). Não há uma certeza aqui ao
nome de Deus conforme encontrado em Êxodo 3.14 ou se meramente é uma resposta
simples a pergunta se era o Cristo. De qualquer modo há aqui a revelação do segredo
a tanto guardado, ele declara finalmente diante da liderança de Israel que é o
Cristo.
“Com esse verso nós chegamos ao ápice
cristológico do evangelho.” (R.T.France, NIGTC in Mark, Eerdmans, pg
610)
É a revelação do chamado “segredo
messiânico”. Jesus houvera proibido aos demônios de falarem esse segredo (1.25,
34; 3.12). Aqueles que ele curou também foram proibidos de falar (1:43-45;
5:43; 7:36; 8:26). Até Pedro após a sua confissão Jesus o adverte para não
falar a ninguém (7:24;9:30-31). Ele explica aos discípulos que por isso usava
parábolas (4:10-13). Agora havia chegado o tempo de o segredo ser
revelado.
Havia uma razão prática pela qual
Jesus não permitiu que esse conhecimento viesse antes do tempo oportuno; ele precisa
estar sempre se locomovendo para cumprir o seu ministério, se houver a falado
claramente isso antes ele não poderia cumprir seu ministério e seria por assim
dizer morto antes do tempo ideal.
Depois dessas palavras de Jesus eles
jamais poderiam dizer que não creram por falta de revelação do Senhor.
2° (parte da resposta) – A DECLARAÇÃO
DE SUA VINDA TRIUNFAL
"E VEREIS O FILHO DO HOMEM ASSENTADO À DIREITA DO TODO-PODEROSO VINDO
COM AS NUVENS DO CÉU"
Mais uma vez aqui, no fim de seu
ministério, diante daqueles adversários mortais, ele fala a respeito da sua
segunda vinda. Não mais em humilhação, não como servo sofredor, mas como senhor
e juiz, em poder e grande glória. Que essa verdade sempre esteja fortemente
acessa em nos devoção pessoal. Vivamos todos os dias com a maravilhosa
lembrança de que o nosso salvador retornará a este mundo. Que o Jesus em quem
cremos possa ser lembrado por nós em todos os aspectos de seu ministério
redentor: o Cristo que morreu e ressuscitou dos mortos, que vive e intercede
por nós, mas também o Cristo que voltará gloriosamente para reunir e
recompensar o seu povo bem como punir terrivelmente os seus inimigos.
E diante de tudo isso, vejamos a
reação dos líderes de Israel.
V – A REAÇÃO DOS LÍDERES
DE ISRAEL (VS. 63-65).
Vejamos que há um progresso na reação dos líderes de Israel:
1 – O RASGAR DAS ROUPAS (v.63):
A primeira reação começa com o sumo sacerdote. Ele usa um gesto
dramático para mostrar quão abominável é aquela declaração.
De acordo com as leis do Mishná, os juízes deveriam rasgar as vestes
diante de blasfêmia.
O rasgar as vestes é uma ação dramática que simboliza tristeza (Gn 37:29
e 34; Js 7:6), indignação e reprovação (II Re 18:37; At 14:14).
Assim como o sumo sacerdote rasga as suas vestes reprovando e rejeitando
Jesus, o véu do templo será rasgado como um sinal da rejeição de Deus para com
aquele lugar!
Assim como eles rasgaram as vestes demonstrando total dissociação com
Jesus, Deus rasgou o véu do templo, mostrando Sua dissociação da religião deles. (Gustavo Barros)
2.
Condenação verbal, v. 64.
Jesus foi condenado por blasfêmia,
pois declarou ser divino. No Antigo Testamento a punição para blasfêmia é a
morte através de apedrejamento (Lv 24.13-16
13 “Então o Senhor disse a Moisés: 14 Leve o que blasfemou para fora do
acampamento. Todos aqueles que o ouviram colocarão as mãos sobre a cabeça dele,
e a comunidade toda o apedrejará. 15 Diga aos israelitas: Se alguém amaldiçoar
seu Deus, será responsável pelo seu pecado; 16 quem blasfemar o nome do Senhor
terá que ser executado. A comunidade toda o apedrejará. Seja estrangeiro, seja
natural da terra, se blasfemar o Nome, terá que ser morto”.
No entanto, os romanos haviam tirado
a autoridade dos judeus de exercer a pena capital. Casos como o apedrejamento
de Estevão era considerado como linchamentos ultra vires [sem autorização]). “Em
uma corte romana, a blasfêmia, como era entendida pelos judeus, não era
considerada digna de pena de morte, mas a declaração pública de Jesus que Ele é
o Cristo providenciou fundamento para uma acusação que pode soar como traição
política.” (R.T.France,
NIGTC in Mark, Eerdmans, pg 616)
3.
Violência física, v. 65.
O que se segue é de grande crueldade.
Eles cospem em Jesus, como demonstração de seu desprezo. Dt 25.9 mostra que
esse ato era realizado na corte judaica para trazer vergonha ao acusado. Prosseguem
zombando dele vedando-lhe os olhos. A agressão física se intensifica com socos.
Zombavam de sua afirmação de ser o Messias mandando-lhe profetizar. E os
guardas o levam daquele lugar sob pancadas, em uma situação humilhante, tratado
como se fosse um assassino. E tudo isso Jesus suporta bravamente: “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces,
aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e
me cuspiam” (Is 50.6). Este meu irmão, minha irmã, foi o preço que Jesus
pagou por ti.
CONCLUSÃO
O julgamento mais importante da
história também foi o mais injusto de todos.
E Jesus manteve-se em silêncio para
que seu sangue viesse a nos falar (Hb 12.23-24).
Não somos mais passiveis à
condenação eterna, a ira divina não mais virá sobre nós, porque Cristo foi
julgado e condenado, e pagou o preço em nosso lugar: “32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele
todas as coisas?
33 Quem intentará acusação contra os eleitos de
Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu
ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede
por nós.
Jesus foi condenado para que
possamos ser absolvidos. Somos livres porque sobre ele pairou toda a culpa dos
nossos pecados!
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