Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:
Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.
Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vidaque se encontra no paraíso de Deus (Ap 2.1-7 ARA).
Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.
Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vidaque se encontra no paraíso de Deus (Ap 2.1-7 ARA).
Introdução
1. Qual o potencial que você enxerga
na sua igreja?
2. Até onde você imagina que podemos chegar?
3. O que você considera que é
essencial não se perder nessa caminhada?
Elucidação
O livro de Apocalipse foi escrito
pelo Apóstolo João quando se encontrava preso na ilha de Patmos devido à
perseguição ao evangelho. Foi o último livro do N. T. a ser escrito, por volta
de 90-96 d. C. João escreve as cartas às igrejas da Ásia, repreendendo a
transigência ao pecado por parte dessas igrejas e chamando-as ao arrependimento.
Também busca encorajar os irmãos a permanecerem firmes naquele momento de
perseguição que a igreja estava sofrendo. Também trás a revelação dos
acontecimentos dos últimos dias. É o livro de maior dificuldade de
interpretação do N. T.
No texto em
apreço são dirigidas palavras à igreja de Éfeso. A cidade de Éfeso era uma
cidade muito importante. Era rica e próspera, magnificente e formosa, devido a
seu templo da deusa Diana. Ela tinha capacidade para aportar os maiores navios.
Além disso, era facilmente acessível por terra, pois estava ligada por
meio de estradas com as cidades mais importantes da Ásia Menor. Era já por
longo tempo o centro comercial da Ásia. O templo pagão da deusa Diana era ao
mesmo tempo casa do tesouro, museu, bem como lugar de refúgio para criminosos.
Fornecia empregos a muitos, incluindo os ourives que miniaturavam santuários de
Diana. Foi nesta cidade que o apóstolo Paulo fundou a igreja de Éfeso. Ele
passou três anos ali pregando as boas novas do Senhor Jesus. Éfeso era uma
cidade idólatra. Lá as pessoas encontravam vários tipos de deuses também. O
culto pagão era livre. O culto ao imperador era obrigatório. Quando muitos se
converteram, muitos ourives perderam seus empregos. Porque os novos convertidos
deixaram de cultuar aos ídolos e ao imperador. Bem como também queimaram seus
livros de magias. Paulo fundou aqui a igreja que se tornou o centro para a
evangelização do resto da província e aqui residia o apóstolo João. A igreja em
Éfeso, consequentemente, deve ter-se tornado a principal do leste, com a
possível exceção de Antioquia.
O apóstolo
João escreve para aquela igreja aquilo que o senhor lhe revelou sobre ela:
I – UMA IGREJA
BATALHADORA, V. 1, 2.
Quando Jesus diz “Eu sei”
declara uma verdade de importância dupla. A frase encabeça cada uma das sete
cartas, ora proporcionando conforto (Ap 2.9; Ap 2.13, etc.), ora envergonhando
(Ap 3.1-15). Aqui ela precede uma recomendação. E a recomendação vem daquele
que tem os pastores em suas mãos, que motivo de conforto e segurança para a
igreja. De igual modo ele diz que anda no meio da igreja. Mais uma palavra
confortadora, afinal ele sabe quem na igreja está frio espiritualmente, quem
está se sentindo fraco, quem está passando por guerras interiores. Lembremos
que é ele que sustenta a vida espiritual da igreja, que é representada aqui
como candeeiro, igreja é para brilhar, para irradiar a luz de Cristo (v.1).
Aquela era
uma igreja proveniente da missão do apóstolo Paulo, e por ele instruída, portanto,
tinha uma base doutrinária considerável. E era uma igreja que batalhava pela
causa do evangelho no sentido de defendê-lo contra as heresias não aceitando os
falsos mestres. Era uma igreja de labor (kopon), labor até a exaustão. E este labor era justamente a luta contra os
heréticos.
Jesus elogia
aquela igreja por aquilo que há de positivo nela. O que nos faz pensar sobre o
que ele veria ou está vendo de positivo em nós. Assim como a igreja de Éfeso,
devemos ser igreja batalhadora, tanto na defesa de fé, quanto na obra que
realizamos no Reino em quaisquer aspectos.
II – UMA IGREJA FIRME
EM SUAS DOUTRINAS, V. 3, 6.
Jesus aprova a fidelidade teológica daquela igreja. Por ser
assim fiel, a igreja de Éfeso (e a nossa assim deve proceder também) pôde
resistir aos nicolaítas, seguidores de Nicolau de Antioquia. Pouco sabemos
sobre essa heresia do primeiro século cristão. O mais comum é lhes atribuir o
ensino do libertinismo, a crença de, como corpo e alma, não se comunicam,
aquilo que uma pessoa fizer no plano corporal (imoralidade, prostituição, etc.)
não tem qualquer significado espiritual. Há hoje poucas pessoas que acreditam
nisso, mas muitas que praticam. Este é o verdadeiro dúplice.
É
interessante que ele diz que eles não se cansaram, do grego kekopiakas, que denota cansaço moral.
Significa então que por mais que sofressem pressão permaneceram fiéis
moralmente, não traíram seu discurso, não mudaram sua pregação, foram
perseverantes nesse sentido.
Uma das pressões que as igrejas, bem como seus
líderes às vezes podem sofrer é falta de resultados imediatos. Pode vir o
pensamento de que as coisas (o serviço para o Reino) poderiam estar sendo
feitas de outra forma para se alcançar os resultados mais rapidamente e
mais grandiosamente. O problema é que ao se aderir a esse pensamento não estará
longe de trair a verdade bíblica em sua pureza. Mas que nós, como igreja, e
individualmente, que também somos tentados de igual modo, sejamos perseverantes
naquilo que a Palavra nos ensina.
III – UMA IGREJA QUE
PERDEU O VIGOR ESPIRITUAL, V. 4.
Mas esta carta não é só elogio, agora vem aquilo que era
negativo entre eles e que precisavam urgentemente corrigir. Eles abandonaram o
seu primeiro amor. Não significa aqui que eles se desviaram da fé, não
significa também que deixaram de crer nas doutrinas corretas. O significado é
que embora trabalhassem para o Senhor, já não havia prazer espiritual no que
faziam, já não havia paixão no que faziam. Refiro-me ‘paixão’ aqui não no
sentido de relacionamento interpessoal, mas naquele sentido de impulso para a
ação, de prazer na ação, de alegria por estar junto de quem se ama e fazer algo
para quem se ama. Já não amavam ao Senhor com a intensidade que se deve amar, a
consequência disso podemos imaginar é que também estariam com o amor para com o
outro debilitado. A frieza espiritual estava presente nos corações, embora
estivessem sendo muito ativos. Parece a teologia deísta aplicada a igreja. A
teologia deísta diz que Deus criou o mundo, mas não se relaciona com ele, o
abandonou às leis por Ele estabelecida na natureza. No deísmo não pode haver
relacionamento com Deus. Deus instituiu e deu corda à igreja, e ela agora busca
fazer algo para Ele, busca até em algumas comunidade crer n’Ele e em suas obras
conforme as Escrituras; mas no relacionamento está distante d’Ele, como se
fosse possível trabalhar para Ele sem relacionar-se com Ele. Não podemos
esquecer que a forma como trabalhamos na obra de Deus é mais importante do que
o que estamos fazendo, pois o que conta é comunhão com Deus no ato do serviço.
IV – UMA IGREJA QUE
RECEBE UMA NOVA OPORTUNIDADE, V. 5.
A igreja então é chamada ao arrependimento. Metanonson – mudar de mente, pensar
diferentemente, arrepender-se. É Jesus dizendo àquela igreja: “Tenham em mente
os amorosos relacionamento que vocês desfrutaram uma vez, e façam uma clara
ruptura na vossa maneira atual de viver”.
O
arrependimento acontece quando há consciência da necessidade de mudar. Demanda
autoconhecimento, algo muito difícil. A igreja do Senhor necessita
autoexaminar-se constantemente, assim como cada um de nós de forma individual.
Aplicação
Façamos um inventário de nossas
disposições e de nossas atitudes.
Que não venhamos a nos desviar da doutrina ensinada nesta igreja. Mas que confiemos de que Jesus Cristo está cuidando dos oficiais desta igreja e que Ele está no nosso meio andando. Olhando como está a nossa vida com Deus.
Que não venhamos a nos desviar da doutrina ensinada nesta igreja. Mas que confiemos de que Jesus Cristo está cuidando dos oficiais desta igreja e que Ele está no nosso meio andando. Olhando como está a nossa vida com Deus.
Merecemos os elogios que Éfeso
recebeu?
Merecemos a crítica que recebeu?
Merecemos a crítica que recebeu?
É Jesus quem nos julga, mas podemos
fazer uma autoavaliação.
Devemos nos
arrepender dos nossos pecados. Eu sei, ninguém gosta de ser confrontado com seu
erro. Porém, olhando a palavra de Deus, essa é a situação.
O Senhor está no meio da sua igreja andando. Ele sabe o que cada um sofre. O que cada um está em falta. E se estamos em falta do nosso amor a Jesus Cristo, devemos o quanto antes nos arrepender. Senão o Senhor afiará a sua espada e pelejará contra os infiéis. Esta advertência a Igreja em Éfeso, também serve para nós aqui na Igreja Batista dos Guararapes.
O Senhor está no meio da sua igreja andando. Ele sabe o que cada um sofre. O que cada um está em falta. E se estamos em falta do nosso amor a Jesus Cristo, devemos o quanto antes nos arrepender. Senão o Senhor afiará a sua espada e pelejará contra os infiéis. Esta advertência a Igreja em Éfeso, também serve para nós aqui na Igreja Batista dos Guararapes.
Conclusão
Conforme o versículo 7 Cristo vai
recompensar aqueles que permanecer firme. Ele diz que ao vencedor darei que se
alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus. Essa árvore foi
plantada no jardim do Éden. Após a queda do homem, Deus expulsou o homem do
jardim para não comer dessa árvore porque não permaneceu firme no seu estado
original. Depois de expulsar o homem colocou querubins com espadas de fogo na
entrada do jardim e assim impedindo o caminho para a árvore da vida. O paraíso
ficou fechado para o homem depois da queda. Mas, em Cristo ele se abre para
aquele vencedor que permanece firme no Senhor. O vencedor é aquele crente que
luta contra o diabo e o pecado. E por seu amor a Jesus Cristo ele persevera até
o fim. A esse vencedor é oferecido a comida que dar vida. O jardim do Éden
agora é chamado em Apocalipse de a nova Jerusalém. A árvore está no meio da
cidade. Como diz Apocalipse 22.2: “No
meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que
produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas são para a
cura dos povos” e também o verso 14: “Bem-aventurados
aqueles que lavam as vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhe assista o
direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”.
Jesus
Cristo abriu as portas do paraíso para nós entrarmos e recebermos o fruto da
árvore da vida. Quer dizer, receberemos concretamente a vida eterna. Estaremos para sempre
com o Cordeiro de Deus. Por isso, ouça o que o Espírito tem a dizer. Persevere
naquele que morreu por você, que te concedeu arrependimento e fé! Em face às turbulências que passamos como
igreja nunca possamos esquecer que há reservado para nós aquilo que nem mesmo
Adão vivenciou, pois ele não ‘comeu’ da árvore da vida, e a nós nos é reservado
esse tesouro.
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