Isaías 30.1-5 - O VALOR DA PACIÊNCIA NA RELAÇÃO COM DEUS

 


"Ai dos filhos obstinados", declara o Senhor, "que executam planos que não são meus, fazem acordo sem minha aprovação, para ajuntar pecado sobre pecado,
que descem ao Egito sem consultar-me, para buscar proteção no poder do faraó, e refúgio na sombra do Egito.
Mas a proteção do faraó lhes trará vergonha, e a sombra do Egito lhe causará humilhação.
Embora seus líderes tenham ido à Zoa e seus enviados tenham chegado a Hanes,
todos se envergonharão por causa de um povo que lhes é inútil, que não traz ajuda nem vantagem, mas apenas vergonha e zombaria. " (Isaías 30.1-5)


Introdução


Você se julga uma pessoa paciente? Seja nas pequenas coisas do dia-a-dia como enfrentar uma fila, ou na nossa relação pessoal com o SENHOR a paciência é algo que nos traz grandes vantagens e a impaciência normalmente cobra um preço desagradável. Você é paciente quando está esperando algo do Senhor ou age ou fala quando deveria não fazer nada ou ficar calado(a)?


 

I - A impaciência leva-nos a subs­tituir os planos de Deus pelos nossos. (Is 30.1)

 

Diante da ameaça Assíria o povo de Deus toma a decisão de buscar o auxílio do Egito. A sua estratégia para sair de tal dificuldade não era o plano do Senhor para eles. Poderiam buscar ao Senhor e esperar n’Ele. Mas eles estavam obstinados em seus pecados.

Há um grande desafio para todos nós vivenciarmos nossos planos dentro do plano de Deus para nós. Não é errado planejarmos, criarmos projetos de vida, porém, temos que atentar que o SENHOR é que sabe o que é melhor para seus filhos. Precisamos confiar de fato que sua vontade é boa, perfeita e agradável (Rm 12.1,2). Ademais, nossos planos não sobrepujarão a soberania divina: O coração do homem pode fazer planos, mas a res­posta certa dos lábios vem do Senhor. Confia ao Senhor as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos” (Pv 16.1 e 3).



II - A impaciência nos conduz a fa­zer alianças com pessoas erradas (Is 30.2).

 

Eles quiseram fazer uma aliança com o Egito, justamente aqueles que no passado haviam lhes escravizado, idólatras, inimigos de Deus. Estavam iludidos imaginando que poderiam ser ajudados por eles.

A Palavra do Senhor nos adverte para o perigo das associações de comunhão perigosa (2 Co 6.14-18). Devemos nos relacionar bem com todos as pessoas dentro do que é possível a nós, mas não devemos estar em laços de amizade, em associações sejam de que tipo for que nos façam nos afastar da vontade do SENHOR.

 

III - A impaciência gera frustrações e decepções (Is 30.3).

 

O plano deles não daria certo. O Egito mesmo que tentasse ajudá-los não conseguiria, o SENHOR declara isso de modo explícito no cap. 31.1-3.

Podemos ilustrar esse ponto com um exemplo de uma parábola de Jesus, a do Filho Pródigo (Lc 15.11-32). Na parábola o filho não queria esperar o tempo certo para usufruir da herança e sabemos da situação humilhante que ele vivenciou.

Precisamos saber esperar, pois é no momento da espera quando o SENHOR está trabalhando em nosso ser, a espera nos amadurece, nos prepara para recebermos o que o SENHOR tem preparado para nós!

 


IV - A impaciência produz a rejeição do tempo ou do momento certo de Deus (Is 30.4).

 

O texto diz: Porque os príncipes de Judá já estão em Zoã, e os seus embai­xadores já chegaram a Hanes (v.4). A impaciência de Israel, que na verdade era também incredulidade, le­vou-o a atitudes precipitadas, inoportunas e apressadas. Os príncipes e embaixa­dores já tinham ido a essas cidades do Egito. Foram apressados em buscar uma ajuda externa, não tiveram paciência de esperar no Senhor.

Esquecemos muitas vezes que há tempo para todo propósito na terra. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tem­po para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3.1). Esse texto nos ensina não apenas a soberania divina no controle dos eventos no tempo, mas também que devemos ter sabedoria para nos enquadrarmos no tempo certo a partir da perspectiva divina, ou seja, esperar o tempo mais adequado para agir.

 


V - A impaciência gera sofrimentos, V.5.


Pessoas que tem um jeito de ser mais voltado para a ansiedade, pouco pacientes, tendem a ter alguns prejuízos em suas vidas. A saúde psicológica pode ser afetada, pois a impaciência acaba estando associada à frustração, irritação, raiva, etc. As relações pessoais podem ser prejudicadas por as pessoas não terem paciência para ouvir e entender outras que possam estar em conflito com elas. Relacionamentos amorosos e de amizades acabam sendo rompidos por conta disso.

Se no nosso cotidiano no que tange às coisas comuns da vida a falta de paciência nos prejudica de diversas formas, inclusive a nossa saúde, não é diferente na vida espiritual.

Nenhum exemplo de paciência entre pecadores é maior do que o de Jó, não foi perfeito, mas diante de tudo o que vivenciou, perda dos filhos, bens, etc, nos legou uma preciosa lição espiritual: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25).

Não precisamos acrescentar ao sofrimento que vivenciamos a angústia da impaciência, mas descansar no SENHOR sabendo que todo momento difícil chegará ao seu fim.

 


Conclusão

 

1. Confie no Senhor, descanse nele: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é fir­me; porque ele confia em ti” (Is 26.3).

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (SI 46.10).

“Descanse no SENHOR e aguarde por ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal” (Sl 37.7)

 

2. Confie nas promessas do SENHOR!Ne­nhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu (Js. 21.45). Lembre-se que Ele é o mesmo hoje e sempre!

 

3. Arrependa-se! Sendo a impaciência muitas vezes expressão de falta de fé, cabe a nós nos arrependermos (Is 30.15).

 

 

 


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