Marcos 15.1-15


 Introdução

           Uma das doutrinas bíblicas menos populares é a da Queda Radical ou Depravação Total do ser humano. Esta doutrina firma que com a Queda do homem no jardim do Éden o ser humano se tornou totalmente corrupto. Não há nada em nós nos predisponha a aceitação do evangelho. O ser humano já nasce totalmente corrompido e mais cedo ou mais tarde o pecado encontra expressão em atitudes.
           Muitas pessoas não gostam dessa doutrina porque afinal de contas ela retira o ser humano do centro e coloca um Deus totalmente soberano.
           É triste às vezes vermos líderes evangélicos que promovem a ideia que há alguma coisa de bom dentro do homem que o capacita a ir a Cristo e recebe-lo como salvador, bastando que se consiga atingir o íntimo do coração dele. Nesta intenção se direciona no culto público as músicas e a pregação neste sentido.
           Mas a Bíblia nos mostra que a salvação é uma obra regeneradora do Espírito Santo, e o homem no estado de pecado não tem capacidade espiritual de ir a Cristo por si mesmo. Jesus deixa claro que ninguém por si mesmo nasce para Deus, mas apenas pela vontade do Pai ocorre o nascer do Espírito.
 3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.
8 O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. (Jo 3.3, 6, 8).

           Desse modo, a hostilidade, a rejeição para com o evangelho de Jesus é a reação natural das pessoas. Essa história que está diante de nós nos mostra justamente isso. Aqui vemos pessoas rejeitarem Jesus, rejeitarem o evangelho da Cruz.


I – O JULGAMENTO POR PILATOS, V.1-5.

PILATOS:
·                     Também conhecido como Pôncio Pilatos – foi o governador da Judéia, sob o imperador Tibério durante 26-36 d.C.
·                     Pilatos não tinha um bom relacionamento com os judeus: odiado por trazer bandeiras com imagens de Tibério para Jerusalém, usou dinheiro do templo para construir um aqueduto, agia com violência e não respeitava os judeus.
·                     Como governador (Praefectus Iudaeae), Pilatos tinha o poder de vida ou morte sobre todos os habitantes de sua província.
·                     O governador tinha total responsabilidade em manter a ordem e a paz romana nas regiões governadas por ele, por isso tinha autoridade para matar.

E PILATOS FICOU IMPRESSIONADO/ADMIRADO” --- Pilatos fica admirado com toda a cena! Ele fica admirado com a covardia, com a ilegalidade e com veemência dos líderes de Israel em comparação com a calma e serenidade de Jesus!

           O fato de ficar impressionado não traz salvação! Muitos ficam admirados com a mensagem do Evangelho, mas muitas vezes essa admiração é temporária e superficial!

          Muitas pessoas ficaram impressionadas com Jesus, mas nunca se prostraram diante dEle e O adoraram como Senhor.

           Admiração sem adoração é diversão momentânea!

           Pilatos representa muitos hoje que ficam admirados momentaneamente com Jesus, mas logo O rejeitam!


II - A OFERTA DO EVANGELHO, V. 15.6-12.

           v. 6 Os romanos exerciam esse hábito como uma forma dá ao povo alguma participação nos julgamentos, costume adotado de outros povos. No judaísmo isso era conhecido como o perdão/anistia pascal, era importante porque deveria lembra-los que foram libertos da escravidão do Egito.

           No v. 7 aparece um personagem importante nessa história, Barrabás. O seu some significa 'filho do pai'Bar = filho, abba = pai. Talvez seu pai fosse conhecido e por isso ele recebeu esse nome.
           Tratava-se de amotinador que havia participado de uma rebelião contra Roma e neste motim cometido juntamente outros assassinato. Que não vejamos ele de forma romântica como algum tipo de revolucionário. era um homem mal, um bandido, e possivelmente fazia parte do grupo dos zelotes, uma facção antirroma que fazia uso da violência.
Esse homem é marcado aqui no texto por 3 características:
1 – ESTAR PRESO – Ele está na prisão! Barrabás foi julgado e condenado, por isso ele está preso.
2 – Rebelde --- Barrabás era um λῃστής, esse título é usado tanto para um ladrão como para um rebelde antirromano.
3 – ASSASSINO – Esse homem já havia assassinado outras pessoas.

Que todos nós possamos nos ver nesse homem tão iníquo!
           Assim como Barrabás, todos nós éramos filho do pai, Adão.
           Assim como Barrabás, todos nós éramos rebeldes, odiávamos a lei de     Deus. Nós éramos assassinos – com nossas ações, pensamentos e palavras.   E, assim como Barrabás, todos nós estávamos presos aos nossos pecados.

           Esse homem representa e simboliza toda a humanidade caída e afetada pelo pecado! Uma pessoa presa aos pecados, obedecendo só aos seus desejos e vontades, incapaz de se autojustificar, condenada a morte!

Ef 2:1-3: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados,nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira”
Tito 3.3: Houve tempo em que nós também éramos insensatos e desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda espécie de paixões e prazeres. Vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando-nos uns aos outros”.

             Que possamos olhar Barrabás e ver nossas vidas antes da graça regeneradora de Cristo!
           A cruz havia sido preparada para ele. O açoite era para ele. A condenação pertencia a Barrabás. Os pregos eram para ele. Mas um outro tomou o seu lugar!

v.8 A multidão chegou e pediu a Pilatos que lhe fizesse o que costumava fazer.
A MULTIDÃO CHEGOU” – Não sabemos ao certo quem são essas pessoas.
Uma ‘multidão’ agrupada fora do palácio do governador bem cedo de manhã não necessariamente implica em uma multidão muito grande... É bem improvável que essa multidão tenha muitos, ou até mesmo alguns, da multidão que acompanhou Jesus em sua entrada na cidade (11:1-10).” (R.T. France, NIGTC, Eerdmans, pg 631)

           Provavelmente essa é uma multidão de pessoas de Jerusalém que vieram assistir ao show anual da anistia. Também poderia ser uma mistura de pessoas trazidas pelos líderes religiosos com amigos de Barrabás.
           Eles se achegam a Pilatos para pedirem a libertação de um condenado como era costume. O que eles querem é que Pilatos comece o show anual da anistia, pois eles querem Jesus morto.

vs.9-10 "Vocês querem que eu lhes solte o rei dos judeus?", perguntou Pilatos, sabendo que fora por inveja que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus.

          Pilatos sabia que todo aquele processo era injusto e o motivo principal era a inveja dos judeus!  Eles invejavam a autoridade de Jesus, o poder, o amor, a profundidade, o caráter e a santidade de Jesus. A inveja é como um ácido letal – contamina e destrói!
           Esses homens de Israel odiavam Jesus porque Ele era completamente diferente deles. Jesus era real. Jesus tinha um relacionamento com Deus e ensinava com autoridade.

           Pilatos já havia declarado a inocência de Jesus (Jo 18:38). Herodes e sua esposa declararam a inocência de Jesus!
           O governante gentio está passando por uma crise, um conflito entre a consciência e a carreira, entre a verdade e a vergonha.
** Ele decide colocar na mão do povo a decisão. O governante era quem decidia quais presos seriam ofertados ao público, portanto ele escolheu Barrabás e Jesus!

Mt 27:15-17: “Por ocasião da festa era costume do governador soltar um prisioneiro escolhido pela multidão. Eles tinham, naquela ocasião, um prisioneiro muito conhecido, chamado Barrabás. Pilatos perguntou à multidão que ali se havia reunido: "Qual destes vocês querem que lhes solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?"

           A escolha desses dois homens foi uma jogada de Pilatos. Ele tinha plena certeza de que as pessoas escolheriam Jesus para ser solto. Ele estava certo de que as pessoas escolheriam aquele que havia curado os doentes, multiplicado pães e peixes e pregado sobre amar os inimigos ao invés de um bandido, assassino e revolucionário que colocava em risco toda a cidade.
           Seria uma boa estratégia se essas pessoas fossem regeneradas. Seria uma boa estratégia se as pessoas nascessem amando a luz ao invés das trevas. Seria uma ótima jogada se o homem natural escolhesse Jesus quando movido pelas emoções.
           Pilatos não conhecia a doutrina da Depravação Total!

v.9 "Vocês querem que eu lhes solte o rei dos judeus?"; v.12 "Então, que farei com aquele a quem vocês chamam rei dos judeus?", perguntou-lhes Pilatos.

           Essa é a oferta do Evangelho da Cruz para homens carnais! Pilatos se assemelha com os pastores e pregadores de hoje que acreditam que o homem sempre vai correr para Jesus.

           Pilatos não só não sabia da total depravação do homem, como ele também não sabia que o Cordeiro de Deus precisava ser crucificado! Era tudo parte do plano de Deus! At 2:23 nos diz: “Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz”.

           No v. 11 vemos os chefes dos sacerdotes incitando o povo a que pedissem pela libertação de Barrabás. Eram os religiosos escolhendo um criminoso ao invés do profeta de Deus.
1 – Eles usaram a autoridade deles para influenciar de forma pecaminosa.
2 – A multidão era composta por pessoas ignorantes quanto à Palavra de Deus, sem princípios morais e facilmente influenciadas.
           No meio de toda essa confusão, enquanto Pilatos estava no tribunal, ele recebeu uma noticia de sua esposa: “Não se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele." (Mt 27:19)
           Se não bastasse a própria consciência, a absolvição da parte de Herodes, agora ele tem a voz da esposa. Três testemunhando a inocência de Jesus.
           Devido a sua fraqueza, devido a sua falta de convicções, ele fica perdido.

v.12 "Então, que farei com aquele a quem vocês chamam rei dos judeus?", perguntou-lhes Pilatos.

           Pilatos entrega Jesus nas mãos de homens perversos!
           A oferta foi feita. Qual será a resposta deles?


III – A RESPOSTA DO HOMEM NATURAL, V.13-15.


A pergunta de Pilatos foi:
Qual dos dois você querem solto? O que vocês querem que eu faça com Jesus?

           A resposta da multidão: “CRUCIFICA-O!!!” --- Eles querem para Jesus a pior de todas as mortes! Eles querem Jesus dependurado no madeiro como símbolo de alguém amaldiçoado por Deus!
           Quando eles gritam ‘Crucifica-o!!’, eles estão gritando com toda a força, ‘Nós odiamos esse homem, que ele morra a pior de todas as mortes!'.
           Diante de nós está a resposta que todo homem não regenerado dá à oferta do Evangelho.
           Assim como essa multidão, nós também não escolheríamos Jesus Cristo se não fosse pela graça e misericórdia de Deus!
v.14 “POR QUÊ? QUE CRIME ELE COMETEU?
           Pilatos está completamente confuso e perdido. Ele tinha certeza que a multidão iria preferir o ‘pacífico’ rabino de Nazaré no lugar do assassino e bandido Barrabás.
           Ele, então, tem outra ideia conforme Lucas 23.22 ele sugere apenas castigar Jesus e depois soltá-lo, mas a multidão grita cada vez mais alto pedindo a crucificação de Jesus.
           Eles escolheram recusar a Cristo.
           E essa é a escolha natural de todas as pessoas. O homem sem a devida iluminação do Espírito santo não quer a Luz, pois a Luz revela a nossa podridão. 
Jo 3:19: “Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más”.

           As pessoas que acreditam que a música, a mensagem apelativa e o ambiente que tocam as emoções os farão aceitarem a Jesus nunca leram essa passagem. Pois aqui temos o que mais toca a emoção de um homem: um homem cuspido, preso, sangrando, ferido, tratado como um bandido e um governante gentio proclamando a inocência dele, e ainda assim as pessoas rejeitam e odeiam esse Jesus.
           O coração é tão perverso que ele não quer só a morte de Jesus, ele anseia a liberdade do pecado! Eles não clamam só pela morte de Jesus, eles clamam pela liberdade de Barrabás!

A TENTATIVA DE ESCAPAR DO JULGAMENTO:
Mateus 27:24-26:  “Quando Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, pelo contrário, estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês. Todo o povo respondeu: Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos! Então Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado”.

           Pilatos publicamente se desassocia da pena de Jesus. O lavar das mãos era um modo declarar a sua inocência na morte do nosso Senhor!
           Ele tenta aliviar a sua consciência, pois na verdade ele é tão culpado quanto os outros.
            Só as mãos dele foram lavadas, seu interior continuava todo podre e rejeitando Jesus!
           Ele valorizou mais as opiniões dos homens e o temor dos homens do que a justiça e a inocência de Jesus.

v.25 – Essa é uma expressão indicando a responsabilidade pela morte de alguém, e ‘em nossos filhos’ indica que eles representam as gerações seguintes.

Mc 15:15 Desejando agradar a multidão, Pilatos soltou-lhes Barrabás,
DESEJANDO AGRADAR A MULTIDÃO” --- Tudo que inicia assim acaba em tragédia!
          Não tem nada pior que um líder que tenta agradar a multidão!
          É exatamente isso que temos visto nas igrejas hoje. Os púlpitos estão cada vez mais podres, pois os pregadores querem agradar as pessoas e param de pregar a verdade da cruz!
           Pilatos é realmente um grande exemplo de pastores e pregadores de nossos dias: acham que as pessoas vão escolher a Jesus se as emoções foram tocadas e ficam tentando agradar as pessoas!

PILATOS SOLTOU-LHES BARRABÁS, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado.

Aqui é a cena mais trágica e mais maravilhosa!
A substituição ocorre:
Jesus é açoitado ----- Barrabás é solto.
Jesus é condenado ----- Barrabás é liberto.
Jesus é amaldiçoado ----- Barrabás é abençoado.
Jesus é crucificado ----- Barrabás vive.
O Filho do Pai é entregue à cruz ----- O filho de um homem é entregue à liberdade.

           Imaginemos como estava aquele assassino, bandido e condenado naquele dia: ele acordou (se é que ele dormiu) todo amarrado, olhou para as mãos que seriam pregadas. Era ainda cedo quando ele escutou o barulho dos guardas se aproximando, a porta se abriu e eles o levam para fora o zombando e humilhando com ameaças de morte. Fora do pretório, ele viu uma multidão de pessoas em alvoroço. De repente os guardas soltam as suas correntes e ele acha que será levado ao tronco de madeira para o açoite. Os guardas dizem: “Vai” e só então ele entende que ele pode voltar para sua casa, que ele está livre.
           Ele acompanha tudo de perto, ele vê todo o sofrimento de Jesus. Ele volta para a casa, à noite ele coloca a cabeça no travesseiro e diz: “Jesus tomou o meu lugar na cruz!”.

           É uma pena que Barrabás só possa falar fisicamente. Ele foi o primeiro e único homem a dizer literalmente e fisicamente, “Jesus tomou o meu lugar”.
           Hoje, todos os que têm os olhos desvendados pela graça de Deus e pela fé creem que Jesus morreu uma morte vicária podem dizer de forma muito mais profunda: “Jesus tomou o meu lugar naquela cruz!”.
           Você pode dizer isso? Ou você ainda está preso aos seus pecados e condenado?

Notemos quão admirável símbolo do plano de salvação, apresentado no evangelho, nos fornece a libertação de Barrabás. O culpado foi solto, o inocente foi executado. O grande assassino foi libertado e Aquele que não cometeu pecado permaneceu preso. Barrabás foi poupado, Cristo foi crucificado. Nesse fato notável, encontramos um vívido emblema da maneira como Deus perdoa e justifica o ímpio. Ele age assim porque Cristo sofreu no lugar dos ímpios – o justo pelos injustos. (J.C. Ryle, Meditações no Evangelho de Marcos, Fiel, pg 201)
I Pedro 3:18: “Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus.


Conclusão

1. Que este quadro cause em você um impacto de admiração!
           Que todos nós fiquemos admirados e impressionados com Jesus Cristo!
           Que saiamos daqui impressionados com a perversidade do coração do homem!
           Saíamos daqui impressionados com a perversidade de Israel, que entregou o tão esperado Messias para morrer sob a ira de Deus nas mãos dos gentios.
           Saíamos daqui admirados com tanta injustiça sobre Jesus para que nós fossemos justificados!
           Saíamos daqui admirados com Jesus que foi condenado para que nós fossemos libertados!
           Saíamos daqui admirados com o Juiz de toda a terra que sentou-Se no banco dos réus, diante de juízes perversos, para que nós não fossemos condenados!
           Que saíamos daqui admirados e impressionados com tamanho amor e misericórdia da parte de Jesus. E que toda essa admiração seja refletida em uma vida de serviço a Jesus, de temor e santidade.

2. Essa história diante de nós mostra de forma muito clara como todos os homens, de uma forma ou de outra, rejeitam e trocam o Evangelho de Cristo por tudo o que é mal. Essa história diante de nós é uma ilustração maravilhosa do Evangelho da Graça.

Aqui temos a hostilidade e a rejeição da humanidade para com Jesus representadas das mais diversas formas:

1 – BARRABÁS = Esse homem mostra o tipo de homem que todos olham e sabem quão perverso ele é. Barrabás é o tipo de homem que só de olhar ou escutar sobre ele, a perversidade do pecado é claramente demonstrada.

2 - MULTIDÃO = Escondem o ódio por Deus atrás de outras opiniões. Essas pessoas passam a rejeitar a verdade e a santidade do Evangelho por meio de influências políticas e religiosas.

3 – LÍDERES RELIGIOSOS = Esses escondem o ódio e a rejeição por Jesus atrás da religiosidade. O mundo está cheio dessas pessoas, pessoas que se achegam e são fieis às mais diversas religiões, mas odeiam Jesus. Elas vão para outras religiões, pois têm uma rejeição total pelas verdades exclusivistas de Jesus. Mas aos olhos das pessoas elas aparentam ser piedosas e exemplares.

4 – PILATOS = Esse é o tipo de pessoa que vê em Jesus uma certa decência, acha que Jesus é um grande líder espiritual, confessa para as pessoas que têm um respeito por Jesus, mas está preocupado com os seus próprios interesses. Essa pessoa ‘gosta’ de modo superficial do Evangelho, mas revela seu ódio por Jesus não se prostrando e não se submetendo aos altos padrões impostos por Deus! O mundo e as igrejas estão cheias dessas pessoas, pessoas que professam que Jesus é um homem bom e justo, mas não estão dispostos a morrer com Ele!

           Todos eles têm o mesmo fator comum: rejeição e insubmissão para com Jesus! Todos eles, de uma forma ou de outra, rejeitam o Evangelho da Cruz.

3. Mas essa história não mostra só a péssima notícia da total incapacidade do homem de escolher Jesus como Rei por vontade própria, ela mostra também que a salvação se dá por meio da misericórdia de Deus em condenar o justo Jesus para que os injustos se tornassem justos.

4. E quanto a você? Com quem você se assemelha nesta noite?
Com os líderes religiosos? Pessoas que escondem o ódio pela mensagem da cruz atrás de uma máscara religiosa? Anos de igreja, mas continuam rejeitando a comunhão genuína com o Cristo crucificado.
Com a multidão? Facilmente levada por todo tipo de influência.
Com Pilatos? Se mostra amigável ao Evangelho, já foi batizado, professa publicamente que Jesus é Senhor, mas o coração continua duro e nega seguir a Jesus custe o que custar.
           Diz ser cristão, fala da bondade de Jesus, mas não consegue sofrer o dano de negar a si mesmo e tomar a cruz. Um simpatizante sem força para seguir genuinamente que tenta enganar a consciência.
           O que você tem escolhido hoje? Qual tem sido o Barrabás que você tem escolhido no lugar de Jesus?
           Minha oração é para que o Senhor te dê misericórdia para que possa examinar seu próprio coração e notar se ele tem gritado: “Não, Cristo não, me deem... [uma bolsa cheia de dinheiro, imoralidade, bebida, ódio, conforto..] e fora com Cristo”.
Ou com Barrabás. Que todos aqui possam ser ver como esse condenado, homicida e rebelde – liberto pela misericórdia de Deus! Livre da ira eterna de Deus, pois Cristo tomou o seu lugar!

Nós poderíamos de forma muito justa pararmos ao lado de Barrabás. Temos roubado de Deus a Sua glória; temos agido como sediciosos traidores contra o governo do céu: se todo aquele que aborrece a seu irmão é homicida, nós também somos culpáveis desse pecado. Aqui estamos diante do tribunal; o Príncipe da Vida está atado por nossa causa e não se nos permite que saiamos livres. Deus nos liberta e nos absolve, enquanto o Salvador, sem mancha nem pecado, nem sequer com uma sombra de uma falta, é conduzido à crucificação. Duas aves eram tomadas no ritual de limpeza de um leproso. Uma ave era sacrificada, e seu sangue era derramado em um vaso de barro; a outra ave era molhada neste sangue, e logo, com suas asas avermelhadas, era deixada em liberdade para que voasse no campo. A ave morta retrata bem ao Salvador, e cada alma que por fé foi submersa em Seu sangue, voa ao alto, até o céu, cantando docemente no gozo da liberdade, devendo sua vida e sua liberdade inteiramente a Ele, que foi imolado.” (Spurgeon - http://www.projetospurgeon.com.br/2012/03/barrabas/)


Rm 5:6-10: “De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios. 7 Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. 8 Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. 9 Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele! 10 Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!”

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