Rev
Maurício Amazonas, OSE*
I. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
Nem sempre existiu a lista dos 27
livros do Novo Testamento, como nós a conhecemos hoje.[2] O livro religioso contendo a História
da Revelação e da Salvação era o Antigo Testamento. Esta era a regra
tanto para o Senhor Jesus Cristo, bem como para os Seus Apóstolos e os cristãos
do primeiro século. Cada vez que um deles fazia referência ao que consideravam
‘segundo as Escrituras’, estavam, de fato, referindo-se ao Antigo
Testamento. As palavras podiam ser: em Moisés, nos Salmos e nos Profetas
(Mc 10.4; Lc 16.29; 24.27,44; At 1.20; 2Co 3.15), ou na Lei e nos Profetas
(Mt 7.12; 22.40; At 13.15), ou ainda Escrituras (Mt 22.29; Mc 12.10,24;
Lc 4.21; 24.27,32,45; Jo 5.39; At 17.11; 18.24,28; 2Tm 3.16; 2Pd 1.20; 2.16).
Precisamos compreender aquilo que,
segundo me parece, foram as quatro razões principais que justificaram a
Escritura do Novo Testamento, a saber: 1) Suscitar e alimentar a fé no
coração da Igreja[3] nascente; 2) Oferecer
ensinamentos éticos e doutrinários às pessoas que estavam no seguimento de
Jesus de Nazaré; 3) Interpretar o evento Cristo à luz do Antigo
Testamento; 4) Combater as heresias gnósticas, especialmente no que
concernia à pessoa de Cristo, à salvação humana e aos mistérios revelados à
Igreja através dos Sacramentos.
II. O QUE VEM A SER O CÂNON?
A palavra cânon significava
inicialmente vara de medir, passando, posteriormente, a significar padrão,
conformidade. Amiúde, cânon significa o critério para determinar quais
livros deveriam continuar dentro da formação do que viria a ser o nosso Novo
Testamento.
Os critérios identificados podem variar de acordo
com a elasticidade ou simplificação das exigências teológicas da escola a que
se esteja filiado ou filiada. Mas, em geral, há critérios que são reconhecidos
pelas mais diversas correntes interpretativas da teologia. Vamos listar os
principais, porque julgamos serem estes os mais abrangentes, pois são adotados
tanto pelos romanos quanto pelos reformados, e, até onde sabemos, também pelos
ortodoxos.
2.1.
APOSTOLICIDADE
Os livros deveriam conter evidências de autoria de um dos
Apóstolos do Senhor. [4] Somente eles poderiam atestar o que
fora ou não verdade na Vida, Ministério, Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão
do Salvador. Essa apostolicidade poderia ser direta ou indireta.
a)
DIRETA
– Quando o autor do
livro era um dos Apóstolos, como era o caso dos Evangelistas e Apóstolos São
Mateus e São João. Nas Epístolas, temos as de São Paulo, São João, São Pedro,
São Judas e São Tiago. Seria bom notar como o NT fornece indícios de
tentativas, já no período apostólico, em se buscar reconhecimento da autoridade
das Epístolas. O autor da Segunda Carta de Pedro sabia que seus leitores e suas
leitoras já lidavam com as Cartas do amado irmão Paulo, nas quais havia
pontos difíceis de entender. E este mesmo autor reconhece a autoridade
desses escritos ao colocá-los no mesmo pé de igualdade com as outras
Escrituras (2Pd 3.15,16)
b)
INDIRETA
– Era o caso dos
escritores que não eram Apóstolos, mas receberam o ‘aval’ dos Apóstolos por
causa da proximidade com eles. Assim serão reconhecidos São Marcos e São Lucas.
O primeiro tem o ‘endosso’ tanto de São Pedro (1Pd 5.13), quanto de São Paulo
(At 12.25; At 13.5; Cl 4.10; Fl 24) que o considerava muito útil na pregação
do Evangelho (2Tm 4.11). O segundo teve o apoio de São Paulo, que se
referia a ele como Lucas, o médico amado (Cl 4.14). Veja-se também que,
nas citações que este Apóstolo faz a Marcos, muitas vezes vem junto o nome de
Lucas.
2.2.
AS CITAÇÕES DOS PAIS DA IGREJA
São citações dos antigos
escritores cristãos, chamados de Pais da Igreja[5] ou Santos Padres, encontradas em
cartas, comentários e sermões que fazem referência a textos dos Santos Evangelhos,
Atos dos Apóstolos e das Epístolas Paulinas e Católicas. As dificuldades
que encontramos nas citações é que muitas foram citadas de memória,
principalmente as mais curtas, ficando, às vezes, inexatas. A maior parte das
citações está escrita em documentos gregos e latinos. As citações são tão
numerosas que por elas já seria possível reconstituir todo o Novo Testamento.
Somente pelas citações feitas por Orígenes isso já seria possível. Conforme o
pesquisador W. Burgon[6], Justino Mártir citou o NT 387 vezes.
Santo Irineu, 1.819; Clemente de Alexandria, 2.406; ao passo que Orígenes o fez
17.922 vezes.
2.3.
OS LECIONÁRIOS
Estão diretamente ligados à Liturgia dos Cultos. Os
primeiros Lecionários de que temos notícia datam do III e IV Séculos. Até o
momento foram catalogados 2.281 Lecionários. Mas o que são estes Lecionários?
São porções selecionadas das palavras dos Evangelhos e das Epístolas
que deveriam ser lidas nos cultos públicos. Eles formavam uma unidade com os
dias do calendário anual, seguindo a ordem do ano eclesiástico. Eram os
Calendários do Ano Litúrgico. As lições ou leituras eram sugeridas para o Dia
do Senhor, o Domingo, ou para o sábado e o Domingo, ou para o sábado, o Domingo
e os Dias de Festas. Mas havia Lecionários com leituras para todos os dias do
ano. Por eles também é possível reconstruir boa parte do nosso Cânon contendo
porções dos Evangelhos, de Atos dos Apóstolos, das Epístolas
Paulinas e Católicas. Todavia, ‘ainda não se conhece nenhum Lecionário contendo
qualquer parte do Apocalipse’.[7]
III. OS PRIMEIROS CÂNONES DO NOVO TESTAMENTO
Depois da morte dos Apóstolos, houve a
necessidade de se fazer uma seleção daquilo que fora ensinado pelos Doze e pelo
Senhor Jesus Cristo. O que foi que eles realmente disseram? Como podemos
aquilatar se estes escritos são realmente dos Apóstolos e que este ou aquele
Evangelho foi escrito por um deles? Na verdade, a discussão em torno do Cânon
foi para certificar quais livros deveriam permanecer como Novo Testamento. O
Cânon se fez mais por eliminação que por adição.[8] Por incrível que pareça, quem vai dar
uma grande contribuição para isso é o heresiarca Marcião (90-160).
3.1.
Cânon de Marcião – Foi ele o primeiro a fazer um Cânon do
NT, por volta do ano 140[9] ou 150.[10] Era muito revoltado contra o Deus
sanguinolento do AT. Aquele Deus do ‘olho por olho e dente por dente’ nada
tinha a ver com o Deus de amor no NT. Jesus é Filho desse Deus de Amor.
Portanto, toda e qualquer teologia ou doutrina que lembre o Deus raivoso do AT,
deve ser destruída e jogada fora do NT, mesmo que tenha procedido das mãos de
um dos Apóstolos do Senhor. Isso ocorreu, segundo Marcião, porque não
entenderam bem a mensagem de amor do Deus de Jesus. Desta forma, só escapava o Evangelho de São Lucas, mas não sem algumas cirurgias feitas por Marcião. Do mesmo
modo ele procedeu com as Epístolas Paulinas, somente considerando dez delas,
excluindo as Cartas Pastorais.[11]
3.2.
Cânon de Muratori[12] – Segundo
informações contidas em H. Bettenson,[13] ele apareceu ‘escrito em latin bárbaro,
provavelmente no século oitavo, por um escritor descuidado e ignorante. O
original grego possivelmente data do fim do segundo século’. O referido cânon
cita os quatro Evangelhos e Atos. Com relação às Epístolas de São Paulo,
cita: Aos Coríntios, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, aos Gálatas, aos Tessalonicenses, aos Romanos. Além dessas, diz que São Paulo escreveu
cartas pessoais a Tito, a Filemon e duas a Timóteo. O mesmo texto ainda faz referências às
Cartas aos Laodicenses e aos Alexandrinos, mas diz que elas existiam para
promover a heresia de Marcião. Ainda cita como aceitas as Epístolas de São Judas e
outras duas que levam o nome de São João. Já os Apocalipses de São João e de São Pedro não são
aceitos para leitura em público por todos na Igreja Católica. A Carta ao Pastor de Hermas, embora muito bem referendada por ter sido escrita pelo
irmão de Pio, Bispo de Roma, contudo não deveria ser lida em público. Interessante
notar que este Cânon deixa de fora uma Epístola de São João, as
duas Epístolas de São Pedro e a Epístola aos Hebreus.
3.3 . Cânon de
Orígenes – Ele foi ‘o mais
completo conhecedor da Bíblia entre todos os escritores da Igreja Primitiva’.[14] Orígenes (185-254), nasceu em Alexandria
e morreu em Cesaréia.
Também conhecido como Orígenes
de Alexandria. Grande foi a sua obra sobre a Bíblia e em defesa da fé. Suas
citações são tão numerosas (17.922) que, apenas por elas, já seria possível
reconstituir todo o Novo Testamento.[15] Das suas citações das Escrituras do
Novo Testamento é que se deduz o seu ‘Cânon’ que constava apenas de 21 livros
reconhecidos: Quatro Evangelhos, Atos dos
Apóstolos, 13 Epístolas de
São Paulo, 1João, 1Pedro e o Apocalipse como aceitos por todos. Com relação aos Hebreus, 2Pedro, 2João, 3João, Tiago e Judas,
juntamente com a Epístola de Barnabé, o Pastor de
Hermas, a Didaquê e o Evangelho
segundo os Hebreus, diz
Orígenes que eram impugnados por alguns.[16]
3.4. Cânon de Eusébio – Eusébio de Cesaréia (265-340) foi um dos
mais importantes Pais da Igreja e é considerado o ‘Pai da História
Eclesiástica’.[17] Ele escreveu a sua História Eclesiástica que ainda hoje é referência para todas as pessoas que
estudam a História da Igreja. Na sua História
Eclesiástica, Eusébio cita as Escrituras
que são reconhecidas e aquelas que não o são.[18] Nas Escrituras aceitas: os
Evangelhos de
Mateus, Marcos, Lucas e João (não necessariamente nesta mesma ordem),
Atos dos Apóstolos, as Cartas de Paulo, a primeira de Pedro e a
primeira de João. Entre as escrituras
contestadas estão as Cartas
atribuídas a Judas e a Tiago, bem como a segunda de Pedro, a
segunda e a terceira de João. Entre os escritos Apócrifos [19] ficaram: Atos
de Paulo, Pastor de
Hermas, Apocalipse
de Pedro, além da Carta atribuída
a Barnabé e
o escrito chamado a Doutrina dos Doze
Apóstolos (ou Didaquê). Também
o Apocalipse de João. Entre esses mesmos livros está o Evangelho segundo os Hebreus.
As discussões e divergências em torno do
Cânon vão tomando uma definição mais unificadora ainda no IV Século. Santo
Atanásio, em 367, escreveu que os únicos livros que de fato deveriam ser
aceitos e reconhecidos como Canônicos eram os constantes numa lista de 27
livros, tal como a lista do NT que reconhecemos hoje.[20] Logo depois, os Concílios de Hipona
(393) e Cartago (397) reconheceram e classificaram os 27 livros do NT como os temos
agora. A opinião de F.F. Bruce é que ‘a Igreja os incluiu no Cânon porque já os
havia por divinamente inspirados, reconhecendo-lhes o valor inato e a
autoridade apostólica direta ou indireta’.[21]
IV.
A REFORMA PROTESTANTE E O CÂNON
Sabemos
que a Reforma foi o momento em que se questionou a doutrina ensinada pela
Igreja de Roma juntamente com todos os acréscimos de uma tradição desviante do
padrão revelado nas Escrituras. Seria de bom alvitre conhecer os antecedentes e
os antecessores de Lutero para compreender melhor o momento da Reforma, em 31
de outubro de 1517. As 95 Teses de Lutero[22] são
a culminância de um processo que não mais podia retroceder. Foram questionadas
as indulgências, a infalibilidade papal, o purgatório, a intercessão dos
santos, a oração pelos mortos, e o fato de terem colocado a autoridade da
tradição com um peso igual ao das Sagradas Escrituras. Em contrapartida, o
Concílio de Trento (1545-1563) reafirmou tudo o que a Reforma questionava. Os livros deuterocanônicos, que São Jerônimo,
meio a contra gosto,[23] havia
introduzido na versão da Vulgata Latina em 405[24], conforme se encontravam na versão
grega do AT, a Septuaginta (LXX), e cuja tradução foi realizada entre os anos
285-246 a .C.,[25] agora passam a ser considerados como
sendo do mesmo valor que os outros livros do AT. Embora São Jerônimo não
reconhecesse a autoridade canônica desses livros (mas cuja ‘leitura poderia ser
útil’, dizia ele), quem ousasse recusar ou negar a igualdade deles com os
outros livros do AT, seria passível de sofrer excomunhão por parte de Roma.[26] Dessa forma, o Cânon também sofrerá
revisões por parte dos Reformadores.
4.1.
Os Luteranos – O reformador alemão tinha construído a
sua teologia a partir da doutrina da justificação pela fé, encontrada em São Paulo , mas com antecedentes
em Habacuque. Toda
e qualquer doutrina que ameaçasse o seu sistema hermenêutico-teológico seria
passível de questionamento. É assim que a Epístola de Tiago será
considerada ‘uma epístola de palha e sem caráter evangélico, pois,
manifestamente, contradiz Paulo’.[27] Se ela exaltava a prática das boas
obras, deveria ser vista com sérias reservas. Por isso, Tiago,
juntamente com Hebreus, Judas e Apocalipse deveriam
constar no final do NT, pois os considerava de valor menor. Também os
deuterocanônicos ficariam no final do AT. Com relação a estes últimos dizia
que, embora não se equiparassem às Sagradas Escrituras, sua leitura seria ‘boa
e proveitosa’.[28]
4.2.
Os
Calvinistas – Segundo
nos informa COSTA, o procedimento de Lutero em separar os deuterocanônicos no
final do AT foi um grande impulso para os calvinistas, posteriormente. A
exemplo de Lutero, eles também nunca aceitaram a canonicidade desses livros.
Mas ‘se não fosse a segregação feita por Lutero os puritanos não teriam expulso
(sic) com facilidade esses livros do Cânon’. Conforme citação desse
mesmo autor, ‘as Igrejas Reformadas que seguem Calvino largaram completamente a
canonicidade dos Apócrifos (sic) e os excluíram de Bíblia’.[29]
4.3.
Os Anglicanos – Conforme se pode ler nos XXXIX Artigos
de Religião, no Artigo VI, o Anglicanismo aceita como Canônicos os 39 livros do
AT e os 27 do NT. Mas não impede a leitura pública[30] dos
livros deuterocanônicos, pois, a exemplo de São Jerônimo, entende que ‘a Igreja
os lê para exemplo de vida e instrução de costumes’, embora deles não se possa
extrair nenhuma doutrina. Contudo, no que concerne ao interesse da matéria
dessa nossa pesquisa, os livros do NT permanecem os mesmos 27, em conformidade
com os ensinamentos tanto da velha Tradição quanto dos Reformadores do Século
XVI. [31]
V.
CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS
Apesar de autores mencionarem
extravios de escritos apostólicos como uma Carta Anterior à Primeira aos
Coríntios, ou uma Carta Protocoríntios, referida como ‘pré-canônica’[32] (1Co 5.9) e ainda outra Carta aos
Laodicenses[33] (Cl 4.16), acreditamos que as 27 que
chegaram até nós são suficientes para nutrir a fé da Igreja e nos orientar em
questões éticas, credais e doutrinais. O Cânon está fechado, mas a mente deve
continuar aberta. Os olhos devem estar debruçados no estudo e na pesquisa.
Sempre se fará necessário lançar mão dos livros e dos pergaminhos
(2Tm 4.13), sabendo que não há limites para estudar e fazer livros,
desde que se tema a Deus e guarde os seus mandamentos (Ec 12. 12-13).
Grandes debates envolveram autoridades
da Igreja em torno da questão do Cânon, durante os III e IV Séculos. Desde os
Concílios de Hipona (393) e Cartago (397) que se julgava encerrada a questão,
até que Lutero a reabriu na Reforma Protestante (1517). Mesmo vivendo em tempos
de galopantes heresias como o que nós vivemos hoje, contudo ninguém questiona o
Cânon. Mas isso não é motivo de segurança doutrinária, muito pelo contrário,
pois poucas pessoas procuram saber a razão daquilo que crêem. Invertendo o
conselho petrino (1Pd 3.15), ninguém busca saber a razão da esperança,
mas apenas o que pode ser comunicado através da emoção. Não se procura grandes
e nem pequenas elaborações. Mas, no começo, não era assim! Pelo menos na Beréia
(At 17.10-12).
*Rev Maurício Amazonas, OSE
Clérigo da Diocese Anglicana do Recife – DAR
Capelão do Seminário Anglicano Teológico – SAT/PE
Frade da Ordem Anglicana de Santo Estêvão, Mártir – OSE
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico
Congregacional do Recife – STCR
Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural
de Pernambuco – UFRPE
Mestrando em Teologia do NT pelo Seminário Teológico
Batista do Norte do Brasil – STBNB
VI.
BIBLIOGRAFIA
AQUINO, Jorge. Anglicanismo: Uma introdução.
Recife: Perfilgráfica, 2000;
BETTENSON, Henry. Documentos da
Igreja Cristã. São Paulo: ASTE, 4ed.
2001;
BRUCE, F.F. Merece confiança o Novo
Testamento? São Paulo: Vida Nova,
3ed., 2003;
2ed. 1988;
CESARÉIA, Eusébio de. História
eclesiástica. São Paulo: Paulus,
2000;
COSTA, Hermisten Maia Pereira da. A
inspiração e inerrância das Escrituras.
São Paulo:Editora Cultura Cristã, 1998;
CULLMANN, Oscar. A formação do
Novo Testamento. São Paulo: Sinodal, 8ed.
2003;
ERICKSON, Millard. Conciso
Dicionário de Teologia Cristã. Rio de Janeiro:
JUERP, 1991;
GABEL,
John & WHEELER, Charles. A
Bíblia como literatura.
São Paulo:
Loyola, 1993;
GEISLER,
Norman & NIX, William. Introdução
bíblica. São
Paulo: Vida, 1997;
GUNDRY, Robert. Panorama do Novo
Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2ed.
1998;
KÜMMEL,
Werner. Introdução
ao Novo Testamento.
São Paulo: Paulus, 2ed.
1982;
MORALDI, Luigi. Evangelhos
apócrifos. São Paulo: Paulus, 3ed. 1999;
PAROSCHI, Wilson. Crítica
Textual do Novo Testamento. São Paulo: Vida
Nova, 2ed. 1999;
TRICCA, Maria Helena de Oliveira. Apócrifos
II: os proscritos da Bíblia. São
Paulo:Editora Mercuryo,1992;
VV. AA. A Bíblia de Jerusalém.
São Paulo: Edições Paulinas, 1989.
[1] Aulas ministradas nos dias 21 de fevereiro e
07 de março de 2006, na Cadeira de Novo Testamento, no Curso de Bacharelado em
Teologia do Seminário Teológico Batista do Nordeste – SETEBAN/PE, em
substituição ao Professor Rev Marcus Throup.
[2] CULLMANN, Oscar. A formação do Novo
Testamento. São Paulo: Sinodal, 8ed. 2003. (p. 89).
[3] KÜMMEL, Werner. Introdução ao Novo
Testamento. São Paulo: Paulus, 2ed. 1982. (p. 35).
[4] Somente era considerado Apóstolo do
Senhor a pessoa que fora testemunha ocular da Vida, Ministério, Paixão,
Morte, Ressurreição e Ascensão do Salvador. Este foi o critério adotado pelos Onze
na hora de escolher o nome para recompor o Colegiado Apostólico depois
da morte de Judas Iscariotes (At 1.21,22). São João relata que fora um dos que viram,
ouviram e tocaram na Palavra da Vida (1Jo 1.1,3). São Paulo também viu a Cristo, depois de ressurreto, na
Estrada de Damasco, como a um abortivo (At 9. 1-7; 1Co 9.1;15.3-8).
[5] Aqui se faz necessário distinguir entre Pais
Apostólicos e Pais da Igreja. Os primeiros eram aqueles escritores antigos
que conviveram com os Apóstolos, ou que viveram na época deles, e os sucederam.
Datam do início do II Século. Os
segundos são também escritores antigos e principais teólogos que viveram até o
VI Século da Era Cristã. Veja-se
ERICKSON, Millard. Conciso Dicionário de Teologia Cristã.
Rio de Janeiro: JUERP, 1991. (p. 123).
[6] PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do
Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2ed. 1999. (pp. 67,68).
[7] PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do
Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2ed. 1999. (pp. 56,57).
[8] CULLMANN, Oscar. A formação do Novo
Testamento. São Paulo: Sinodal, 8ed. 2003. (p. 90).
[9]
BRUCE, F.F. Merece confiança o Novo
Testamento? São Paulo: Vida Nova, 3ed. 2003. (p. 30). Veja-se também GEISLER, Norman
& NIX, William. Introdução bíblica. São Paulo: Vida, 1997.
(p. 100).
[10] CULLMANN, Oscar. A formação do Novo
Testamento. São Paulo: Sinodal, 8ed. 2003. (p. 91).
[11] PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do
Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2ed. 1999. (p. 71).
[12] ‘O Fragmento Muratori foi publicado na
Itália, em 1740, pelo antiquário Cardeal L. A. Muratori’. Veja-se BRUCE, F.F. Merece
confiança o Novo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 3ed. 2003. (p. 30).
[14]
PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento. São Paulo:
Vida Nova, 2ed. 1999. (p. 72).
[15]
PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento. São Paulo:
Vida Nova, 2ed. 1999. (p.67).
[17] PAROSCHI, Wilson. Crítica
Textual do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2ed. 1999. (p. 70).
[18]
CESARÉIA, Eusébio de. História eclesiástica. São Paulo: Paulus, 2000. (pp. 147-149).
[19]
Também se faz necessário distinguir entre os livros Apócrifos
e os Deuterocanônicos. Via de regra, os primeiros são os livros
escritos no segundo século da Era Cristã. Têm um conteúdo gnóstico. Apócrifo
significa secreto ou oculto e quer ensinar os preceitos e
recomendações de Jesus aos iniciados nos mistérios da fé. Nesse período
também foram escritos alguns dos livros que explicavam alguns enigmas do AT,
como a ascensão de Enoque, por exemplo. Os Deuterocanônicos significam livros
do segundo Cânon. Foram escritos no
chamado período interbíblico ou o período de silêncio profético, entre os
profetas Malaquias e São João Batista. Esses livros fazem parte do Cânon Latino
do AT (Igreja Romana). Os livros são: Macabeus (1 e 2), Judite, Baruc,
Sabedoria, Eclesiástico e Tobias, além de alguns
acréscimos nos livros de Daniel e de Ester.
[20]
BRUCE, F.F. Merece confiança o Novo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 3ed.
2003. (p. 34).
[21]
BRUCE, F.F. Merece confiança o Novo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 3ed.
2003. (p. 36).
[22]
BETTENSON, Henry. Documentos da Igreja Cristã. São Paulo:
ASTE, 4ed. 2001. (pp. 281-290).
[24] COSTA, Hermisten Maia
Pereira da. A inspiração e inerrância das Escrituras. São Paulo:
Editora Cultura Cristã, 1998. (p. 68).
[25]
PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento. São Paulo:
Vida Nova, 2ed. 1999. (p. 48).
[26]
COSTA, Hermisten
Maia Pereira da. A inspiração e inerrância das Escrituras. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998. (p.70).
[27]
COSTA, Hermisten
Maia Pereira da. A inspiração e inerrância das Escrituras. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998. (p.74).
[28]
COSTA, Hermisten
Maia Pereira da. A inspiração e inerrância das Escrituras. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998. (pp. 71-72).
[29] BENTZEN, apud COSTA,
Hermisten Maia Pereira da. A inspiração e inerrância das Escrituras.
São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998. (pp. 83-84).
[31]
AQUINO, Jorge. Anglicanismo: Uma introdução. Recife: Perfilgráfica, 2000. (pp.
212-213).
[32]
VV. AA. A Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Edições Paulinas, 1989.
(p. 2.109).
[33]
Para alguns autores, a Epístola à
qual se refere o Apóstolo (em Cl 4.16) era a Carta aos Efésios que viria
para Colossos, passando por Laodicéia. Veja-se VV. AA. A Bíblia de
Jerusalém. São Paulo: Edições Paulinas, 1989. (p. 2.216).
1 Comentários
Que coisa boa!!! Não sabia que você tinha um blog, pastor. Foi o Google que me trouxe até aqui. Quero agradecer pela divulgação do meu texto. Disponha sempre do amigo. Grande abraço.
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