Sermão nº 126, pregado no Templo Sede da Igreja Batista dos Guararapes, no dia 28 de setembro de 2014, no Congresso Jovem.
Introdução
Quando os judeus foram levados
cativos para a Babilônia, como era com certeza costume dos babilônicos, eles agregaram
jovens talentos do povo conquistado (v.4). Juntamente com outros jovens, Daniel iria trabalhar na Corte para
ensinar-lhes a sua cultura e a sua língua. Pensemos que muitos jovens de
muitas nações conquistadas estavam ali pelo mesmo motivo. Mas conquanto todos
estavam em uma mesma situação de servidão, apenas Daniel, Hananias, Misael e Azarias
tinham a fé no Deus único e verdadeiro. Então, eram diferentes, a postura deles
diante daquele ambiente pagão também não poderia deixar de ser diferente.
Vejamos, portanto, como Daniel e seus amigos se mantiveram em santidade mesmo
com tantas tentações lhes rodeando, mesmo em um ambiente tão desfavorável.
I
– Havia em Daniel uma firme resolução, Dn 1.8.
O texto nos revela um jovem, que
firmemente em seu coração resolve agir de forma diferente, porque tem uma fé
diferente. A sua confiança no Senhor e sua resolução em afastar-se das comidas
consagradas aos ídolos babilônicos demonstram para nós algo importante. Podemos
fazer uma leitura de que ele não estava se rendendo à pressão cultural de um
ambiente pagão. Daniel não estava sendo um mero passivo produto do meio. É
verdade que ele recebeu grandes privilégios. Estaria estudando e tendo acesso
ao rei e sua Corte, estaria sendo bancado pelo rei e com a promessa de um bom
futuro naquela nação. Era como estudar na melhor Universidade do mundo com uma
bolsa de estudos e garantia de emprego assim que terminar o curso. Havia
vantagens para ele. Mas o que ele percebeu de imediato foi que se não fosse
firme iria acabar por transgredir contra o Senhor relativizando suas verdades
na sua vida. Daniel não olhou primeiramente para as vantagens, mas desde o
início sua preocupação foi agrar ao Senhor. Podemos dizer que naquela
“universidade babilônica” ele pôde transitar sem vender sua alma ao diabo.
E ele fez isto da forma mais
correta. Ele não estava utilizando uma estratégia para manter sua saúde que
desagradasse à Deus. E você, qual estratégia tem utilizado para todas as coisas
da vida?
Você foi transformado por Deus,
portanto, tenha a firme resolução de viver para a glória d’Ele, de brilhar no
meio da escuridão, de manter-se íntegro mesmo se estiver em um ambiente
corrompido.
Mas além de Daniel queremos
considerar o exemplo de seus amigos.
II
– Havia nos amigos de Daniel uma fidelidade inconsequente, Dn 3.16-18.
Quando falamos de fidelidade
inconsequente é para ressaltarmos que aqueles rapazes estavam dispostos a
continuarem fieis ao Senhor independentemente de quais seriam as consequências.
A ordem havia sido dada que diante do sinal dos toques musicais que anunciava o
momento quando todos deveria se prostrarem diante da imagem de ouro do rei
Nabucodonosor aquele que não se prostrasse seria lançado na fornalha. Mas eles
com certeza lembravam das palavras do Senhor: “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único
Senhor.” (Deuteronômio 6:4). “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti
imagem de escultura... Não as adorarás nem lhes darás culto” (Ex 20.3,4a,5a). E confiavam como demonstra o texto
que o Senhor caso fosse de sua vontade poderia livrá-los da morte iminente. Ma
algo interessante aqui é que eles eram fieis sem olharem as vantagens da fidelidade.
Eles chegam a dizer no v. 18 que independentemente de terem livramento ou não
da parte do Senhor estavam dispostos a continuar em fidelidade.
O mundo também tem sua fornalhas
para aqueles que continuarem inconsequentes em sua fidelidade à Deus. Pode ser
a fornalha da exclusão de algum grupo, do desprezo, da ridicularização. Talvez
seja o rótulo de retrógrado. é preferível ser visto dessa forma, do que ir pela
opinião de uma maioria que está vivendo no erro.
Não se prostre diante dos ídolos
deste mundo. Muitos jovens cristãos são tentados a ceder e se prostrarem diante
do pecado. Muitos são incentivados a se embriagarem com seus “amigos”, outros a
viver uma sexualidade pervertida na prática do sexo antes do casamento. Tantos
são tentados a mentir para seus pais, ver pornografia, curtir músicas
maliciosas. Mas que haja em você uma fidelidade inconsequente,
independentemente da reação dos outros continua vivendo em santidade ao Senhor!
Voltemos agora para Daniel para
notarmos o quanto aquele jovem, se tornou um homem consagrado ao Senhor.
III
– Havia em Daniel uma consagração espiritual, Dn 6.10.
“...três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças,
diante do seu Deus, como costumava fazer” (Daniel 6:10b).
Por inveja outros presidentes de
províncias armaram contra Daniel, no entanto, apesar de o momento não ser
favorável ele manteve seu costume de orar e adorar ao seu Deus.
Já sabemos como terminou essa
história, como o Senhor livrou Daniel na cova de leões. Deus foi glorificado na
vida de Daniel. E o livramento ocorreu porque ele e seus amigos consideravam
que a oração e a adoração eram algo inegociável em suas vidas. Era preferível
perder a vida a abandonar essas coisas. Lembremos que Deus procura verdadeiros
adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.24).
Nunca esqueça: Não há vida de santidade
sem vida de oração, sem entrega total do nosso ser na adoração ao Senhor. Seja
consagrado ao Senhor, e isto não é um conceito arcaico, muito pelo contrário.
Que você possa pôr toda a sua vitalidade em uma vida de consagração àquele que
te salvou, te aceitou, mudou e tem mudado sua vida!
Aplicação
1. Lembre-se que o diabo
trabalha para que você conforme com ao mundo, mas Deus trabalha para que você
seja diferente do mundo. Negue os manjares deste mundo e usufrua o baquete
divino.
2. Vocês jovens, tem de
conquistar muitas coisas nesta vida, mas não precisam abrir mão de agradar a
Deus e cultivar seu relacionamento com ele.
3. Uma característica tanto
de Daniel como de seus amigos era a coragem. Exerça a coragem: coragem de ser
discípulo, coragem de ser o melhor que você puder ser em Cristo.
4. O segredo de uma vida que
agrada a Deus é a consciência de que somos forasteiros, peregrinos, que a nossa
pátria é a celestial. Nunca esqueça disso, e tenha sempre um olhar para a
eternidade onde Cristo já preparou um lugar junto d’Ele (Jo 14.2).
Conclusão
1 Tessalonicenses 5:23: “Que o próprio Deus
da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo de
vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
1 Comentários
Bom dia na Paz do Senhor . Esta msg é digna de toda aceitação...
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