A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO




“Ao SENHOR pertence a salvação!” (Jn 2.9)
Ef 1.3-14


          Logo, uma pessoa só pode ser salva se o Senhor lhe conceder a salvação. Conforme o ensino bíblico, a salvação fundamenta-se na eleição divina: “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, para santificação do Espírito e fé na verdade...” (2 Ts 2.13).
          Serão salvos somente aqueles que são destinados para a vida eterna: “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra de Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.” (At 13.48).


A idéia bíblica de eleição.
A Bíblia fala de eleição em mais de um sentido.

a) A eleição de Israel como povo, para privilégios especiais e serviços especiais, Dt 4.37; 7.6-8; 10.15.

b) A eleição de indivíduos para algum ofício, ou para a realização de algum serviço especial, como Moisés, Ex 3; os sacerdotes, Dt 18.5; os reis, 1 Sm 10.24; Sl 78.70; os profetas, Jr 1.5; os apóstolos, Jo 6.10; At 9.15.

c) A eleição de indivíduos para serem filhos de Deus e herdeiros da glória eterna, Mt 22.14; 1 Co 1.27, 28; Ef 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Pe 1.10. Esta última é a eleição aqui considerada como parte da predestinação para a salvação. Pode-se definir como o ato eterno de Deus pelo qual Ele, em seu soberano beneplácito, e sem levar em conta algum mérito previsto nos homens, escolhe um certo número deles para receberem a graça especial e a salvação eterna. Mais resumidamente pode-se dizer que a eleição é o propósito de Deus, de salvar certos membros da raça humana, em Jesus Cristo e por meio dele.




Características da eleição

a) Uma expressão da vontade soberana de Deus, do beneplácito divino.
          A eleição para salvação tem como base unicamente a soberania e ‘prazer’ divino, exclui qualquer mérito humano ou qualquer coisa existente nele como a fé ou a as boas obras previstas, Rm 11.5; 2 Tm 1.9.

b) A eleição é imutável e, portanto, torna segura e certa a salvação dos eleitos. Rm 8.29, 30; 11.29. 2 Tm 2.9.
          É glorioso sabermos que nossa salvação não depende de nossa obediência incerta, mas está fundamentada no firme propósito de Deus.

c) É eterna, isto é, desde toda a eternidade. Rm 8.29, 30; Ef 1.4, 5.


d) É incondicional.
          Não depende da fé ou das boas obras humanas, como ensinam algumas igrejas arminianas. Lembremos que Deus é o originador da fé e das boas obras, Rm 9.11; 2 Tm 1.9; 1 Pe 1.2.
“Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra de Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.” (At 13.48).

e) É irresistível.
          Não significa que o homem não possa opor-se à sua execução até certo ponto, mas significa, sim, que a sua oposição não prevalecerá. Tampouco significa que Deus, na execução do seu decreto, subjuga de tal modo a vontade humana que seja incoerente com a liberdade da ação humana. Significa, porém, que Deus pode exercer e exerce tal influência sobre o espírito humano que o leva a querer o que Deus quer, Sl 110.3; Fp 2.13.

f) Não merece acusação de injustiça
          O fato de que Deus favorece alguns e passa por alto outros, não dá direto a acusação de que sobre ele pesa a culpa de agir com injustiça. Só podemos falar de injustiça quando uma parte pode reivindicar algo de outra. Se Deus devesse o perdão dos pecados e a vida eterna a todos os homens, seria injustiça se ele salvasse apenas um número limitado deles. Mas, o pecador não tem absolutamente, nenhum direito ou alegação que possa apresentar quanto às bênçãos decorrentes da eleição divina. De fato, ele perdeu os direitos a essas bênçãos. Não somente não tem direito de pedir contas a Deus por eleger uns e omitir outros, como também devemos admitir que Ele seria perfeitamente justo, se não salvasse ninguém, Mt 20.14, 15; Rm 9.14,15.


O propósito da eleição

          O propósito da eleição eterna é duplo: (1) O propósito próximo é a salvação dos eleitos. A palavra de Deus ensina claramente que o homem é escolhido para a salvação, Rm 11.7-11; 2 Ts 2.13.
          (2) O objetivo final é a glória de Deus. Mesmo a salvação do homem está subordinada a esta finalidade, Ef 1.6, 12, 14.


CONCLUSÃO
          A igreja de Cristo hoje precisa para seu próprio bem redescobrir a doutrina bíblica da soberania divina conforme as Escrituras.
          Há um hino com uma letra bastante interessante que diz:


As tuas mãos dirigem meum destino!
Ó Deus de amor, que seja sempre assim!
Teus são os meus poderes, minha vida;
Em tudo, eterno Pai, dispõe de mim.
Meus dias sejam curtos ou compridos,
Passados em tristeza ou prazer,
Em sombra ou luz, de acordo com teu plano,
É tudo bom, se vem do teu querer!




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2 Comentários

  1. Graça e Paz servo de Deus, no que diz respeito a doutrina da Eleição sua posição teológica é: Supralapsarista ou Infralapsarista?
    De seu amigo, irmão e conservo Edmilson Sales

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